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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Neuróticos constróem castelos no ar. Psicóticos moram neles.

O Bolsa Família só se justifica se for um benefício emergencial e pontual, como no caso do seguro-desemprego. Aécio queria ir mais longe que o PT e transformá-lo em um direito PERMANENTE.

Os brasileiros tiveram de escolher entre dois projetos socialistas, sendo que, em certos aspectos, como o do Bolsa Família, o projeto do Aécio era mais radicalmente socializante que o do PT.

FHC aumentou a carga tributária 9 vezes mais do que o PT. E multiplicou a dívida pública, que diminuiu sob Lula e Dilma. 

Durante a campanha, Aécio falava em fazer muito mais creches do que Dilma, e expandir o Minha Casa, Minha Vida e o sistema de cotas.

Apesar de tudo isso, o Aécio do imaginário anti-petista era uma espécie de bebê de proveta gestado no ventre de Margaret Thatcher com espermatozóides de Adam Smith: a encarnação do ideário liberal-conservador.

Se você votou no Aécio convicto de que ele era a expressão máxima do anti-petismo, confundindo de forma tão evidente realidade com imaginação, não deve ser difícil para você agora procurar consolo chorando no ombro do seu amigo imaginário.

10 comentários:

  1. Caio, preciso falar contigo sobre temas de educação.

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  2. Quais as referências para a afirmação sobre a dívida pública?

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    1. Diversas, mas eu indico uma no link. Se quer uma mais acadêmica: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/122033

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    2. P.S.: Vi sua discussão no perfil do Alex, Dídimo. Quem disse que tornaria o Bolsa Família algo PERMANENTE - com esse adjetivo - ao torná-lo uma política de Estado foi o Aécio. EStá no programa de governo que ele registrou no TSE.

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    3. Tornar o programa "permanente" quer dizer que ele não poderá ser manipulado em critério e disponibilidade por vontade política do ocupante do poder, não que as mesmas pessoas receberiam por toda a vida, ou que o mesmo perderia seu caráter emergencial, mas ok, vou ver a referência acerca da dívida pública pois que é mais que sabido que a divida interna mais que triplicou desde o governo FHC e não teria como ser diferente tendo em vista programas como esse que estamos discutindo.

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    4. Nesse link que você mandou a dívida pública no governo FHC subiu 13%, de 29% do PIB para 42%, e no governo Lula 16%, de 42% para 58%, então continuo sem entender o que disse.

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    5. Este comentário foi removido pelo autor.

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    6. Dídimo:

      >>>>Tornar o programa "permanente" quer dizer que ele não poderá ser manipulado em critério e disponibilidade por vontade política do ocupante do poder, não que as mesmas pessoas receberiam por toda a vida, ou que o mesmo perderia seu caráter emergencial,<<<<

      Sim. E não. Eu entendo a sua leitura, mas o meu texto presumia a leitura do programa do candidato, o qual eu havia linkado em um outro post recente sobre o mesmo tema. O programa dele dizia o seguinte:

      "Transformação do Bolsa Família em política de Estado, incorporando-o à Lei Orgânica da Assistência Social e ratificando–o, desta forma, como
      direito permanente das populações mais vulneráveis social e
      economicamente."

      Isso quer dizer que, enquanto houver, por algum critério decidido politicamente, "populações mais vulneráveis social e economicamente", elas continuarão recebendo esse benefício, a despeito das mudanças de Governo. É a isso que ele chama de "permanente".

      E, indo além do programa, ele disse http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/10/1364406-aecio-promete-transformar-bolsa-familia-em-programa-de-estado.shtml que proporia que os chefes de família continuassem recebendo o benefício até 6 meses após terem conseguido um emprego e que aumentaria a responsabilidade do Estado no programa - e, implicitamente, também os seus gastos -, já que promoveria um maior acompanhamento das famílias assistidas por parte de agentes estatais.

      Daí temos dois pontos:

      1. Era - e ainda deve ser - extremamente recorrente no discurso dos que defendiam Aécio enfaticamente o pressuposto de que ele terminaria com o Bolsa Família, ou que iria ao menos diminuí-lo, mas ele nunca disse isso, e, como eu demonstrei, afirmou mesmo o contrário, e foi isso que eu apontei no post.

      2. Ao dizer que enquanto houver "vulnerabilidade social ou econômica" o sujeito terá direito ao BF - ou seja, nas palavras dele mesmo, o BF será "permanente" - o programa não pode ser algo "emergencial" ou "pontual", como eu defendi no primeiro parágrafo como a única situação concebível como aceitável para o BF.

      >>> é mais que sabido que a divida interna mais que triplicou desde o governo FHC e não teria como ser diferente tendo em vista programas como esse que estamos discutindo.<<<

      Dídimo, vc me parece meio ingênuo em questões econômicas. Dívida pública significa que o Governo repassa papéis de baixíssimo risco para bancos, competindo, assim, com o investimento produtivo, que é a única coisa que geraria aumento de riqueza e renda e que acabaria tirando essas populações de situação de risco social e econômico!

      É isso o que torna a agenda do "welfare state" tão agradável aos banqueiros e grandes financistas: ao prometer acabar com o problema, ele é eternizado - se torna "permanente", se preferir -, e vai gerando uma demanda social cada vez maior por esses benefícios, e um endividamento maior do Estado, ou uma maior necessidade de arrecadação, ou uma maior emissão de moeda (inflação).

      E não saber isso, ou não levar em consideração esse aspecto por trás dos "programas sociais" e da concessão de "direitos" nas democracias modernas - ou seja, da relação entre direitos "positivos" e grande capitalismo financeiro - é "miss" totalmente "the point".

      Aliás, a justificativa dele para propor que se torne um programa de Estado, e não de Governo, é que isso despolitizaria o benefício, impedindo que o PT o utilizasse de forma eleitoreira. Isso é equivalente a, diante da possibidade de um partido comunista entrar no poder e estatizar toda a propriedade privada, você já estatizar a propriedade privada como "programa de Estado", esvaziando a proposta do partido comunista!!!

      Entendo que a população em geral caia nessa. Mas eu esperaria de liberais e dos conservadores de todos os matizes um pouco mais de esperteza e conhecimento da literatura básica a respeito.

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    7. >>>Nesse link que você mandou a dívida pública no governo FHC subiu 13%, de 29% do PIB para 42%, e no governo Lula 16%, de 42% para 58%, então continuo sem entender o que disse.<<<<

      ?????? O texto diz:

      >>>>É salutar que embora as Contas Públicas passassem a ser vista de forma diferente, todo o esforço na obtenção do superávit primário a partir de 1999 não foi suficiente para conter o avanço da Divida Pública, registrando um salto de 42% do PIB em 1998 para quase 58% do PIB em 2002<<<<

      O Governo Lula começou em 2003.

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