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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Neuróticos constróem castelos no ar. Psicóticos moram neles.

O Bolsa Família só se justifica se for um benefício emergencial e pontual, como no caso do seguro-desemprego. Aécio queria ir mais longe que o PT e transformá-lo em um direito PERMANENTE.

Os brasileiros tiveram de escolher entre dois projetos socialistas, sendo que, em certos aspectos, como o do Bolsa Família, o projeto do Aécio era mais radicalmente socializante que o do PT.

FHC aumentou a carga tributária 9 vezes mais do que o PT. E multiplicou a dívida pública, que diminuiu sob Lula e Dilma. 

Durante a campanha, Aécio falava em fazer muito mais creches do que Dilma, e expandir o Minha Casa, Minha Vida e o sistema de cotas.

Apesar de tudo isso, o Aécio do imaginário anti-petista era uma espécie de bebê de proveta gestado no ventre de Margaret Thatcher com espermatozóides de Adam Smith: a encarnação do ideário liberal-conservador.

Se você votou no Aécio convicto de que ele era a expressão máxima do anti-petismo, confundindo de forma tão evidente realidade com imaginação, não deve ser difícil para você agora procurar consolo chorando no ombro do seu amigo imaginário.

domingo, 19 de outubro de 2014

Aécio, Fraga e o governo em camadas.

Armínio Fraga, em preparação para a possível vitória de Aécio Neves, foi a Nova Iorque supostamente para tratar, na sede da J. P. Morgan, de sua saída da Gávea Investimentos, que é controlada pela gigante financeira americana desde 2010

Essa é a mesma J. P. Morgan que teria financiado a ascensão dos revolucionários russos, segundo Antony C. Sutton em  "Wall Street and the Bolshevik Revolution". 

E esse é o mesmo Fraga que "deixou um salário de cerca de US$ 60 mil por mês em honorários", quando trabalhava para George Soros, para, humildemente e movido por um enorme desprendimento em favor de nosso país, "receber cerca de R$ 7 mil como funcionário do primeiro escalão do governo FHC" (espero que, ao deixar a Gávea, ele se dê por satisfeito com uns 20 mil reais líquidos hoje em dia, que é equivalente ao salário de um mero gerente de multinacional). Se o PIB ficou emperrado, enquanto a arrecadação e a dívida pública brasileira dispararam no Governo FHC, deve ter sido uma infeliz coincidência, não porque o mercado financeiro tenha se beneficiado de alguma forma de sua política econômica.

A propósito, Armínio Fraga era, em junho de 2003 - veja o quadro na 2ª página dessa publicação oficial -, membro do globalista Inter-American Dialogue, ao qual ainda pertencem FHC e Marina Silva.

Fraga trabalhou também no Salomon Brothers e no Banco Garantia. Não sei ao certo se ele trabalhou no primeiro antes ou depois do escândalo financeiro. Também não sei ao certo se ele trabalhou no segundo antes ou depois do... escândalo financeiro. Mas sei que ele é membro do Group of Thirty, do CFR,  e que foi cotado para ser presidente do FED no governo Obama.

Sendo assim, caso Aécio Neves vença a eleição presidencial, uma análise mais aprofundada de seu governo exigirá a percepção das camadas que o irão compor:

Parte visível:

Gerente/Presidente-embalagem: Aécio Neves.

Presidente de fato: Armínio Fraga.

Parte invisível: CFR, Inter-American Dialogue, Group of Thirty, grandes bancos e fundos de investimentos.

Essa "parte invisível" é curiosamente composta de todos aqueles que os conservadores gostam de chamar de seus inimigos. Apesar de estarem votando efusivamente em Aécio.   






terça-feira, 7 de outubro de 2014

A direita naécia pagando mico.

A "nova direita" está toda empolgada porque o Aécio Neves chegou ao 2º turno das eleições presidenciais. Mas existe o Aécio do mundo real e aquele do imaginário anti-petista. Qualquer um que tenha prestado atenção ao que ele disse em um passado recente, que compare os dados econômicos de FHC aos de Lula e Dilma, e que se dê ao trabalho de ler o programa que o candidato registrou no TSE, percebe a total insanidade que tomou conta dessa direita nécia tupiniquim.

Vejamos de que se trata o Aécio de carne e osso:


Aécio Neves, o candidato do clã dos Rothschild (que todo bom conservador americano abomina, até porque é uma família historicamente envolvida nas origens do "central banking" - o que foi condenado ferrenhamente por um certo Mises, que a "nova direita" adora recomendar em debates com marxistas mas parece nunca ter lido - e explicitamente associada ao satanismo, como no caso dos colares exibidos publicamente por Philippine de Rothschild), no Roda Viva de 2010:

Ele falou bastante sobre a eleição, disse que o partido retrocedeu ao defender bandeiras conservadoras, como no caso da discussão do aborto, o que, segundo ele, aproximou o partido da direita. Para ele, PSDB precisa voltar a ser uma referencia de centro-esquerda no país, se aproximar dos setores mais populares. Brincou, dizendo que o PSDB hoje, apesar disso, ainda é mais de esquerda que o governo do Lula.

Agora vejamos o Plano de Governo registrado oficialmente no TSE pela candidatura de Aécio Neves. Em meio a clichês politicamente corretos, dignos de alguém que defende que seu partido volte "a ser uma referência de centro-esquerda no país", destaco o seguinte trecho, sobre carga tributária:

...Assim, aumentar a carga tributária deixou de ser uma opção viável para o financiamento das políticas públicas, mas há espaço para uma melhoria substancial no nosso sistema tributário, que é extremamente complexo e distorcido.

Percebam que ele não diz que irá baixar a carga tributária (e voltaremos a esse assunto abaixo), mas somente que há espaço para simplificar a burocracia. No capítulo sobre Segurança Pública não há uma única palavra sobre facilitar o porte de armas para civis, mas, no capítulo sobre Energia, há a referência a "estimular uma Economia de Baixo Carbono", e, em Sustentabilidade e Meio Ambiente, ele abraça o conceito de "Cidadania Planetária" - Aécio Neves, o Capitão Planeta 2.0! 

Enfim, são 76 páginas de um programa de centro-esquerda empolgando uma "nova direita" que se diz muito mais intruída e inteligente que a esquerda, mas que não se deu ao trabalho de ler o programa do candidato que defende. 

"Ah, mas a administração FHC foi muito mais eficiente! "

Sinto muito, mas não é verdade! Além do vergonhoso apagão, todos os índices econômicos do período de administração petista foram - admito isso sem ter nenhuma simpatia pelo PT, e muito pelo contrário - superiores ao do governo FHC. E provo:

Carga tributária:

http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2014/07/fhcpsdb-elevou-carga-tributaria-nove.html

Diante desse gráfico, fica ainda mais aviltante esse comentário do candidato no Programa de Governo que registrou no TSE:

O Brasil é um país de elevada carga tributária para seu nível atual de desenvolvimento. Temos uma carga tributária de 36% do PIB num país com PIB per capita de R$ 24 mil. Em geral, países com carga tributária semelhante à nossa têm um PIB per capita quase três vezes superior. 

Sim, mas isso foi obra do PSDB!

Inflação e PIB:

http://www.estadao.com.br/fotos/PIB_INFLA_portal.jpg

Dívida Pública:

http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2011/03/lembrando-fhc-divida-interna-e-externa.html


Então é disso que se trata o candidato que tem empolgado a direita nacional: assumidamente de centro-esquerda, não querendo abraçar causas conservadoras ou sequer parecer conservador, ligado ao que há de pior na tal elite "metacapitalista" internacional, que tem um programa de governo oficial de centro-esquerda e cujo partido se destaca por ter passado pelo Governo Federal com um aumento da carga tributária e da dívida pública e uma inflação superiores ao do período Lula/Dilma, e com um PIB inferior.

É a direita naécia pagando mico.