Pesquisar este blog

domingo, 23 de fevereiro de 2014

40 anos jogados fora.

Olavo de Carvalho compartilhou um vídeo no Facebook, muito bem produzido, em que uma ucraniana diz qual a alegada razão de seu povo estar nas ruas: a luta contra uma ditadura. O compartilhamento, sem nenhum comentário, e vindo de um grupo pró-capitalista do Facebook, torna implícito o apoio dele à causa defendida pela suposta manifestante.

Esse é mesmo Olavo de Carvalho que se diz contra a Nova Ordem Mundial globalista das ONGs e de George Soros, e que disse, no debate com Aleksandr Dugin, que os globalistas e russos, além dos radicais islâmicos, estão todos unidos. 

O mundo é muito complicado para o maior filósofo do Brasil de todos os tempos. O que dá para entender, já que ter um background de 40 anos em absolutamente todas as áreas do conhecimento não deve ser fácil. 

Eu compartilhei esse mesmo vídeo em meu perfil no Facebook recentemente, mas dentro de um artigo publicado pelo Infowars, que demonstra claramente a origem da peça de propaganda:

The origins of the video are not quite as ‘grass roots’ as is portrayed. The clip was produced by the team behind A Whisper to a Roar, a documentary about the “fight for democracy” all over the world, which was funded by Prince Moulay Hicham of Morocco. The “inspiration” behind the documentary was none other than Larry Diamond, a Council on Foreign Relations member. The Council on Foreign Relations is considered to be America’s “most influential foreign-policy think tank” and has deep connections with the U.S. State Department.
Diamond has also worked closely with the National Endowment for Democracy (NED) and the U.S. Agency for International Development (USAID). The National Endowment for Democracy is considered to be the CIA’s “civilian arm” and has been deeply embroiled in innumerable instigated uprisings, attempted coups and acts of neo-colonial regime change since its creation in 1983, including the contrived 2004 “Orange Revolution” that brought US puppet Viktor Yushchenko to power in Ukraine.
Larry Diamond also played an instrumental role in the Arab Spring under the auspices of the NED, a series of supposedly grass roots revolts that were in fact organized and managed by some of the most powerful western institutions on the planet.
Diamond’s connection to the viral “I am a Ukrainian” video clearly suggests that the clip is a crude effort to convince an unthinking public that the Ukrainian uprising is completely organic and is not being instigated by western powers, when the opposite is in fact the case. The clip is reminiscent of the Kony 2012 scam, where a viral video utilized simplified propaganda and emotional manipulation to convince millions of people of the necessity of U.S. military involvement in Africa.
In a Huffington Post interview, the creator of the video admits that he was in Ukraine “preparing a film on democracy” before the protests even started.
...Many of the activists taking over government buildings in Kiev are also from the Spilna Sprava group, which is an organization funded and supported by billionaire globalist George Soros’ Open Society Institute.
The stage was set for the Ukraine revolt to become violent in December when US Assistant Secretary of State for Europe Victoria Nuland announced that the U.S. would invest $5 billion in order to help Ukrainians achieve “a good form of government.” The true nature of that government was revealed earlier this month when leaked phone conversations emerged of Nuland conspiring with US ambassador to Ukraine Geoffrey Pyatt to pick Ukraine’s future puppet leaders, making good on John McCain’s vow to neutralize Russian influence.





sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ícones da nova direita viram animação infantil.

Denise Abreu, pré-candidata à Presidência da República pelo PEN (Partido Ecológico - eu disse Ecológico!!!! - Nacional), é a nova esperança dos tupi-neocons (depois, é bom lembrar, de Roseane Sarney, mas eu acho que os neo-olavettes nem sabem disso).


Denise Abreu, sendo entrevistada por Lobão, ou "A Vida como ela é":




A mesma (???!!!) Denise Abreu, a nova musa olavette, em anúncio de sua entrevista com Olavo de Carvalho:



Essa segunda entrevista foi tão bem sucedida que ganhou uma versão para crianças feita especialmente para o Cartoon Network:






quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Gurufight


Olavo de Carvalho em seu perfil no Facebook hoje:



E lá fui eu ver o que ele e seus alunos estariam fazendo pelo Brasil.

O artigo se refere a presos que estão lendo clássicos da literatura ocidental em um programa inspirado pelas aulas do Olavo. Segundo artigo anterior dos mesmos autores:

É sempre conveniente mencionar que todos os presos participantes do projeto também trabalham em atividades internas ou, excepcionalmente externas sob fiscalização, ... os apenados voluntariamente reservam horas de seu descanso para a leitura, pois exercem uma série de funções no presídio, como trabalhos na cozinha, limpeza, artesanato, fabricação de sapatos em parcerias com empresas locais fiscalizadas pelo Juízo etc.... Já na primeira conversa com o primeiro leitor veio a grata surpresa: relato contundente do complexo enredo, com detalhes, elementos chave bem captados e, pasmem, em uma folha de caderno, uma errata, uma lista de erros encontrados pelo preso leitor no livro - erros ortográficos ou frases que, pela tradução, ficavam sem sentido. Na verdade, os dois primeiros entrevistados, companheiros de cela, apresentaram a “revisão ortográfica”, anotaram as dúvidas (geralmente palavras que não encontravam no dicionário que sempre acompanha a entrega de cada livro, por exemplo nomes próprios), o que nos deixou muito satisfeitos já de plano, pois restou claro que houve dedicação e mesmo debate interno sobre a história de Raskólnikov. Incentivar a conversa sobre a obra foi também um objetivo indireto alcançado...Somente três dos dezesseis homens entrevistados na primeira sessão apresentaram sinais evidentes de capacidade intelectual reduzida ou de capacidade de expressão precária. Um nos apresentou resumo escrito, pois estava nervoso e não conseguia lembrar de detalhes específicos do livro por problemas de memória, o que pareceu verdadeiro, pois lhe foram feitas perguntas sobre alguns detalhes periféricos, e ele conseguiu se recordar, demonstrando que efetivamente houve leitura, sendo as dificuldades mais de relato do que de apreensão. O que começou com a tentativa de entrega de um relato escrito acabou gerando uma entrevista delicada mas proveitosa...

Ou seja, não é que prisioneiros com o perfil de um Fernandinho Beira-Mar ou de um Marcola se arrependeram do que fizeram no passado e abandonaram a vida do crime graças ao Olavo de Carvalho ou seus alunos. O que ocorreu foi que 16 prisioneiros, em sua maioria com capacidade intelectual e comportamento acima da média, estão lendo clássicos da literatura. É só isso! 

O que seria de se orgulhar é se os três que "apresentaram sinais evidentes de capacidade intelectual reduzida ou de capacidade de expressão precária" tivessem, com o tempo, expandido sua capacidade intelectual ou de expressão, mas nem no segundo artigo - o que foi linkado no post do Olavo - eu encontrei qualquer indicação de que algo assim tenha ocorrido. 

Um motivo de orgulho mais justificado ainda seria se houvesse qualquer indicação de diminuição dos índices de reincidência criminal. Nem mesmo The Great Books Foundation, que promove leituras dos clássicos em prisões americanas desde 1999 - não, os discípulos do Olavo não inventaram a roda! - alega que esse programa em especial ajuda a baixar a reincidência. Só diz que programas educacionais têm esse efeito, e nem sabemos, de forma cientificamente demonstrada, se os clássicos da literatura não poderiam ter um inesperado efeito contrário!

E falando em ciência, a diminuição da reincidência no crime também parece ocorrer com aqueles presos que praticam Meditação Transcedental:

The Transcendental Meditation program has been introduced into prison rehabilitation programs in a number of countries, most recently in the prisons of the Caribbean nation of Dominica. Prison studies show improved behavior and reduced stress and recidivism.
A study published in 2003 in the Journal of Offender Rehabilitation found that inmates at a maximum security prison in Walpole, Massachusetts, demonstrated that prisoners participating in the TM program were 33% less likely to return to prison. Studies in the Folsom and San Quentin prisons in California also found 35-50% less recidivism after prison release.
Na guerra dos pseudo gurus, o Brasil talvez estivesse se dando melhor se desse ouvidos a Maharishi Mahesh Yogi.





sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Black blocs: neo-cangaço or smelly cagaço?

Enquanto a direita viaja com as supostas ligações dos black blocs com o poderoso Foro de São Paulo, líderes das manifestações expressam seu cagaço em vídeo para se protegerem.
A que seria a Matahari da esquerda, a tal da Sininho, se revela uma bocó - como o patético nome de guerra disneyfílico já sugeria -, e a proteção das Farc, via Foro, que lhe permitiria sacar um cacete grosso e veiudo das calças e enfrentar os inimigos, is nowhere to be found.

Tupi-neocons e olavetes: vão bater o bumbum na água, vão!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Forismo, a doença infantil dos olavetes.

Lênin escreveu um livro contra o "radicalismo" afoito dos revolucionários russos após a tomada do poder pelos bolsheviques. Deu-lhe o título Esquerdismo, a doença infantil do comunismo.

Uma organização que pretende unificar as esquerdas latino-americanas, como é o caso do Foro de São Paulo, não é uma organização que, só por isso, de fato unifica as esquerdas latino-americanas.

Mas nem um exemplo histórico tão evidente consegue fazer uma olavete pensar direito.

Sim, o Foro de São Paulo é uma organização importante.

Não, ele não é a explicação para tudo o que a esquerda faz na América Latina.

Quem conhece o PT minimamente sabe que nem suas correntes internas são unificadas. O que dizer de grupos e grupelhos em um sub-continente que já é conhecido por ser uma zona?!










domingo, 9 de fevereiro de 2014

O mercado de cursos online para conservadores.

A proliferação de cursos online oferecidos ao público conservador é impressionante, mas o que mais chama a minha atenção não é a quantidade, mas a baixa qualidade desses cursos. Enquanto professores "progressistas" costumam pecar pela "inclusão" democratizante, que baixa o nível para atingir a todos, os conservadores erram pela impáfia da auto-imagem inflada, que é incensada ainda mais por alunos que são ideologicamente predispostos a admirá-los, sem que seus cursos cheguem nem perto da qualidade que alardeiam. 

Como resultado temos, por exemplo, professores de humanidades que causam sono profundo, ou que ofereceram aulas presenciais durante décadas sem conseguir formar um único grande pensador, mas que prometem que o farão à distância e atendendo a milhares de alunos ao mesmo tempo. 

Mas o que mais me causa repulsa, pois se relaciona à minha área de expertise, é a proliferação de cursos de línguas online oferecidos também a essa clientela conservadora. 

Um bom exemplo é um curso de latim cujo professor desce a lenha na graduação que a USP oferece na língua, mas se gaba de ter se formado nessa mesma instituição e ter sido um dos melhores alunos da turma, e até melhor que seus próprios professores - sim, aqueles mesmos que chancelaram seu diploma!! Ora, vamos deixar a coisa bem clara:

- Os alunos de Letras da USP são conhecidos por serem os menos qualificados da instituição, e a grande maioria só consegue entrar nessa universidade porque o número de vagas é enorme se comparado ao das outras carreiras. Eu fiz o antigo segundo grau em escola estadual, em um curso noturno, e depois de cerca de 8 anos prestei vestibular para Psicologia na USP, que é tão difícil de entrar como o curso de Direito nessa universidade, sem fazer cursinho. Entrei em 26º lugar de um total de 70 vagas. Eu acredito que isso me coloque no Olimpo da inteligência brasileira, aquele que vai salvar a "cultura ocidental" - outro clichê vazio dos tupi-neocons? Não. Então baixe a bola, latinista!

- O curso de Letras da USP funciona da seguinte forma: o primeiro ano é básico, comum a todos os alunos de Letras. Ao final desse período, eles escolhem a língua estrangeira na qual pretendem se especializar - ou então Linguística ou só o vernáculo -, mas, como o número de vagas é limitado, existe um processo que a instituição denominou de "ranqueamento", que determina quem terá suas escolhas atendidas, o que é feito de acordo com o desempenho acadêmico durante o ano que se passou. 

- O idioma mais concorrido no processo de "ranqueamento" é o inglês, que geralmente fica com os melhores alunos do primeiro ano. O curso de latim é muito pouco procurado, e acaba recebendo, na maior parte das vezes, os que colocaram esse idioma como segunda ou até terceira opção, mas que, pelo desempenho acadêmico nada brilhante no primeiro ano letivo, não tiveram suas primeiras opções atendidas, ou aqueles que, sabendo que não teriam chances em outros cursos, colocaram o latim logo como primeira opção.

Dá para entender por que alguém que goste desse idioma, e o tivesse como primeira opção no processo de "ranqueamento", se destaca em relação aos colegas de curso: ele quer realmente estudar a língua e tem ao seu lado predominantemente pessoas que não gostariam de estudar esse idioma e que têm um desempenho acadêmico sofrível já entre os menos qualificados alunos da USP. Não é tanto mérito pessoal quanto demérito alheio. 

A propósito, eu tenho mais de duas décadas de ensino de inglês nas mais renomadas escolas de idiomas de São Paulo, e atuei no treinamento de professores, e posso garantir que um egresso do curso de Letras-Inglês da USP - que é a elite do curso deles -, em geral, não tem conhecimento da língua ou de didática que o coloque acima dos outros professores, e o fato de as melhores escolas terem total indiferença em relação a esse diploma já mostra claramente o quanto de admiração alguém formado em latim nessa mesma instituição merece. Ainda mais quando esse alguém diz que seus alunos estarão não só lendo, mas escrevendo ao final de seu curso, enquanto o seu próprio Currículo Lattes afirma que ele só sabe ler no idioma! 

Leigos do mundo, leiam com atenção: exceto para uma pequena minoria que provavelmente nasceu com um talento especial para línguas, a aprendizagem de um idioma é um processo extremamente dinâmico e complexo, que exige um professor que não somente conheça a língua, mas tenha qualificação para intervir nesse processo de forma eficaz. Consequentemente, no caso da grande maioria das pessoas, a aprendizagem efetiva de uma língua não é compatível com intervenções assíncronas e à distância por parte do professor. E esse professor tem de ter muito conhecimento não só do idioma, mas muito mais de pedagogia e psicolinguística, cuja ignorância é denunciada até pela forma como os professores de latim ensinam e entendem ser a gramática. E não existem métodos milagrosos e infalíveis, mas procedimentos que ajudam a resolver dificuldades específicas, e, como um cirurgião qualificado, o professor de idiomas tem de saber qual utilizar ou, não tendo certeza, ter um instrumental vasto o suficiente para tentar diferentes intervenções. 

But things can get worse than that. Lembram-se das recomendações enfáticas que o Olavo de Carvalho fez de sua professora americana de inglês, que o teria ensinado finalmente a ler no idioma? Não conheço o curso que ela oferece, mas seu aluno mais icônico ter afirmado que é impossível ler em outro idioma e entender corretamente sem traduzir para o vernáculo não dá muita credibilidade a seu testemunho. 



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Ser escravo é melhor do que ser sem-terra?

Olavo de Carvalho, no True Outspeak de 7 de dezembro de 2009, aos 18 minutos:

Os sem-terra são uma criação da modernidade...da Revolução Francesa. Antes não tinha sem-terra porque todo o senhor de terras era obrigado a aceitar um camponês que viesse de outra terra e, se não sobrasse mais lugar nenhum para ninguém, tinha [sic] sempre as terras da Igreja, que era [sic] aproximadamente 30% da área total, que era de cultivo livre. Então, ... durante toda a história do Ocidente, não houve um sem-terra antes do advento da "bendita" Revolução Francesa... era o quadrado redondo...

Vejamos o que diz Jacques le Goff em A Civilização do Ocidente Medieval, páginas 21 e 22, sobre o séc. V:

Os camponeses viram-se obrigados a se colocar sob dependência cada vez maior dos grandes proprietários, estes passaram também a ser chefes de grupos armados, e a situação do colono tornava-se cada vez mais próxima da do escravo. Algumas vezes a miséria camponesa transforma-se em jacquerie [Revolta camponesa ocorrida na França em 1358, cuja violência e alcance levou a que fosse tomada como o  modelo de rebelião popular], ...cuja revolta era endêmica nos séculos IV e V.
Página 50:

... Os grandes apropriaram-se do poder econômico, a terra, e, a partir desta base, apropriaram-se dos poderes públicos.

Concílio de Tours, realizado no fim do reinado de Carlos Magno, constata que: "Por diversos motivos, em diversos locais os bens dos pobres, quer dizer, os bens daqueles que são conhecidos por homens livres mas que vivem sob a autoridade de poderosos magnatas, ficaram muito reduzidos". Eis os grandes, eclesiásticos e laicos, tornando-se mais e mais os novos senhores.


O Olavo não percebe que a relação de vassalagem entre colonos e donos de terras é a "solução" da questão dos sem-terra de então e que representa a perda do status de cidadão romano, com os direitos que isso acarretava, para uma situação de "dependência dinâmica" com os donos de terra, que significa, nas palavras de le Goff, uma relação de quase escravidão. 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Luzia De Frente com Gabi

Luzia, a musa da Nova Direita, em De Frente com Gabi. Atentem para o fato de que
até as câmeras do SBT captaram a aura santa da überconservadora.

- Hoje eu entrevisto uma mulher bonita, inteligente, mas que é liberal-conservadora e por isso só faz fio terra. Eu estou de frente com Luzia, a überconservadora e musa da Nova Direita. Boa noite.

- Boa noite, Gabi. Mas eu quero já deixar claro, de antemão, que, se for verdade que o seu casamento foi de fachada, que você é lésbica e o Gianechinni gay, ele não me representa. Eu sou a favor da família tradicional. Deus fez a mulher gay e o homem lésbico.

- Entendi. Fica registrado. Mas já que você quer começar pegando pesado, eu sei que você é muito católica. O que você tem a dizer sobre as críticas do Gregório Duvivier à Igreja e à Inquisição nas páginas da Folha?

Tanto Galileu quanto Giordano Bruno não foram condenados por suas teses científicas, mas por heresias derivadas de suas conclusões. As autoridades da época tinham pouca tolerância com quem desrespeita o sagrado e achavam que era aceitável se livrar de maneira definitiva de quem fosse considerado herege, já que isso poderia fazer com que a ira de Deus recaísse sobre a sociedade. Cabia (como ainda cabe) à Igreja determinar se alguém era herege ou não. Caso se verificasse a hipótese de heresia, quem tomava as providências cabíveis eram os representantes do poder local. 

Você poderia até criticar tal conduta, mas tropeçaria no relativismo cultural próprio da ideologia esquerdista de que todas as culturas têm valor igual e os povos têm autodeterminação. Perguntaríamos: A cultura europeia vale menos? O fato de que Giordano Bruno foi queimado vivo por autoridades europeias é errado? De acordo com qual código moral OBJETIVO? Você tem algum para nos apresentar? Por que você defende o direito ao aborto mas é contra queimar pessoas vivas? O feto é menos humano que o condenado?

- Mas então os católicos são relativistas também? Não existe uma moral divina atemporal OBJETIVA, que determine se no passado, no presente e no futuro é certo ou errado mandar matar quem discorda de você?

- Aí você está colocando palavras na minha boca. E essa é uma estratégia diversionista para mascarar o fato dos cristãos serem os mais perseguidos no mundo hoje em dia. Veja o caso dos coptas, no Egito, esses cristãos esquecidos do Oriente.

- Mas me corrija se eu estiver errada: o Concílio de Calcedônia não condenou o monofisitismo dos coptas como heresia, o que legitimou a sua perseguição pelos católicos e fez com que eles sobrevivessem somente no mundo islâmico, onde ser cristão de qualquer denominação era autorizado, desde que não fizessem proselitismo?

- Sim.

- Mas se a perseguição e morte dos hereges é contextualmente aceitável, como foi dito antes sobre a Inquisição, por que a perseguição aos mesmos hereges pelos radicais islâmicos é objetivamente errada?

- Eu acho que você está 
tirando as minhas palavras do contexto para tentar confundir o público. O que eu respondi a uma pergunta estava no contexto daquela pergunta. O que eu respondi à outra pergunta só pode ser entendido no contexto dessa outra pergunta. O que você está fazendo é gramscismo. Eu só não vou dizer que é marxismo cultural ainda porque o Olavo mudou o sistema de classificação recentemente e eu ainda não estou acostumada com ele.




terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O que é ser musa da Nova Direita?

Trecho da entrevista com Luzia, a überconservadora, que será publicada aos poucos neste blog:


- Depois que você saiu nesse blog, veio uma leva de musas conservadoras querendo roubar o seu destaque. Diga para nós: o que é ser musa da Nova Direita?

- Não basta ser bonita e inteligente. Tem que ser também liberal-conservadora. Ou seja, liberar só o fiofó para casar virgem.


Luzia, a überconservadora, a mais antiga mulher do país. 

Este blogueiro riu e recomenda.











segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Eu estudo esse assunto há 40 anos!

É arquievidente que essa onda de calor pela qual o Brasil está passando foi criada pelo Foro de São Paulo, que convenceu o idiota bilionário do George Soros a contratar a tariqa do Schuon para que pedisse aos Sioux que fizessem a dança da quentura para que os estoques de Coca Cola se esgotassem e não tivéssemos mais alternativa senão tomarmos Pepsi com fetos humanos. 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Beijo indecente?

O beijo gay de "Amor à Vida"??


Não, não, não... Houve um outro beijo pouco convencional que não causou reação furiosa entre as olavettes e tupi-neocons em geral. 

Lembram-se daquela mãe cristã e caridosa do Danilo Gentilli, aquela mesma que dirigia uma instituição que teria sido tomada pela administração petista de Santo André?

Pois é... cerca de 1 ou 2 semanas após ele ter contado esse "causo" no Hangout do Lobão, e ainda ter soltado a pérola de que o "povo brasileiro é conservador", a mãe do apresentador apareceu no programa do próprio filho com as pernas de fora e terminou não resistindo e dando um selinho no porn star Alexandre Frota





Repulsa conservadora? Nenhuma captada até agora pelos radares deste blog.