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domingo, 25 de janeiro de 2015

Putin vs. o Príncipe e Chefe de Meshech e Tubal

Vladimir Putin é de São Petersburgo, cidade onde fica a Catedral de Nossa Senhora de Kazan (cuja arquitetura foi inspirada na da Basílica de São Pedro, o que talvez não seja uma mera coincidência), o que tornou a cidade um centro de devoção mariana. Sabe-se que sua mãe fez questão que ele fosse batizado sem que seu pai, comunista e ateu, tivesse conhecimento, e que alguns eventos em sua vida o reaproximaram da fé materna (nesse vídeo pode-se, entre outras evidências de sua fé, ver a importância que ele dá ao crucifíxo que sua mãe lhe deu).

Em fevereiro de 2014, Putin fez com que o ícone da Virgem de Kazan fosse enviado para abençoar seus militares, em uma prática ancestral russa em tempos de guerra. Sabe-se que esse ícone, que até o início do século passado ficava em São Petersburgo, desapareceu da Rússia quando da Revolução Bolshevique, em 1917, e que foi posteriormente resgatado pelo Blue Army of Our Lady of Fatima, enviado em seguida a Fátima e que, posteriormente, foi parar no quarto do Papa João Paulo II, que não mediu esforços para que ele retornasse à pátria russa, dada a importância histórica desse ícone para os russos e o papel que seu retorno ao país teria para a volta desse povo à fé. 


Esse eventos todos selaram uma importante relação entre a "origem geográfica" do cristianismo de Putin, a devoção ao ícone de Nossa Senhora de Kazan e Fátima. É isso que se deve ter em mente quando se assiste ao vídeo em que o Padre Kramer informa que o líder russo teria pedido a Consagração de seu país ao Papa e quando o Padre Gruner confirma que essa conversa sobre Fátima teria ocorrido, embora ele não possa afirmar se o pedido de Consagração foi realmente feito.  


As evidências são claras: Putin é um líder verdadeiramente cristão, preocupado com a agressividade crescente do globalismo da Nova Ordem Mundial ao tentar subjugar seu país, e que, ciente do tamanho da encrenca que isso representa e tão convicto disso e de sua fé, pode muito bem ter ido ao Papa pedir a Consagração da Rússia em busca da prometida paz mundial caso isso fosse feito. 


Esse é o líder cristão apreciado por tantos tradicionalistas católicos, e também conservadores, libertários, e até pelo evangélico Júlio Severo. Vejamos agora o líder cristão apreciado pelo Prof. Olavo de Carvalho e seus asseclas. 


Segundo Olavo de Carvalho, George W. Bush é, em suas palavras, um "cristão sincero". Não duvido que Bush seja "cristão", mas só em um sentido muito amplo do termo. O cristianismo de Bush nasceu em uma "célula" da Fellowship/Family (leia sobre isso, em detalhes, aqui, ou, mais brevemente, aqui). É o cristianismo da elite americana, que promove o National Prayer Breakfast.

A propósito, a evangélica Constance Cumbey demonstrou que a Fellowship, escolas do método de Rudolf Steiner, e o New Age Institute of Noetic Sciences, entre outras organizações, são todas bancadas pela Three Swallows Foundation, então liderada por Paul. N. Temple, que tinha ligações com o líder da Fellowship, Doug Coe, ao mesmo tempo em que era co-fundador do Institute of Noetic Sciences. 


Cumbey diz ter descoberto a existência da Fellowship/Family quando soube de um evento, nos anos 80, que reuniu new agers consagrados, como Marylin Ferguson, e líderes evangélicos. O encontro era denominado "Bridging through Christ", pois pretendia construir uma ponte entre o pessoal da Nova Era e os evangélicos através do "Cristo". O convite citava, entre os anfitriões, Doug Coe - presidente da Fellowship - e o próprio Paul N. Temple! Conforme foi investigando, Cumbey descobriu a ligação de Temple com a Teosofia de Blavatsky, e como Blavatsky e seus seguidores pretendiam preparar o mundo para o retorno do "novo Cristo" e uma nova fé, a "Religião Mundial".


Essa ligação da Fellowship com a Teosofia e a religião mundial do "novo Cristo" explica o que o respeitado jornalista Jeff Sharlet, que trouxe a Fellowship - ou the Family - ao grande público, encontrou em suas pesquisas, ao dizer que, nas reuniões do grupo, encontram-se pessoas como Bono Vox, líder do U2, ou o Príncipe Bandar, da Arábia Saudita. Nessas reuniões, até o Alcorão podia ser lido, pois "Jesus está lá, infiltrado no mundo"


Dá para entender, portanto, por que o perenialista Olavo de Carvalho, que acredita que o Alcorão, como Jesus Cristo, é o Verbo Divino, é mais receptivo ao cristianismo "sincero" de George W. Bush do que ao de Putin. Compreende-se também sua posição ao ler esse trecho de um de seus artigos de 2003:


Ora, acontece que o principal sustentáculo político e cultural de George W. Bush é a aliança, já velha de muitas décadas e cada vez mais forte, entre conservadores judeus e cristãos.


Nesse ponto, de fato não se pode discordar: o Olavo estava certo! Mas é estranho que ele, 3 anos depois, se queixasse da identificação, por parte da mídia internacional, do Presidente Bush (cristão) e o secretário Rumsfeld (judeu)" como "fundamentalistas", sobretudo sabendo-se que o então Presidente americano foi condecorado oficialmente pelo Novo Congresso Judaico, o Sinédrio, os movimentos do Templo Sagrado e do Monte do Templo como o "Chief Prince of Meshech and Tubal (Ezekiel 38:1), Leader of the West", graças ao seu empenho em começar a Guerra do Iraque. 

Mais do que isso: Bush disse a Jacques Chirac que essa guerra tinha razões religiosas! A conversa foi tão absurda que o presidente francês teve de buscar esclarecimento com um teólogo em uma universidade francesa (aqui, a publicação original da universidade em francês, e sua tradução para o inglês). 

No cômputo geral, portanto, o que temos é o seguinte:

O Prof. Olavo diz ser católico, contra a Nova Ordem Mundial e a favor da Consagração da Rússia ao Coração da Virgem, o cristão Putin vai ao Papa pedir a Consagração para promover a paz e evitar a Terceira Guerra Mundial e qual sua reação? Acusar a direita católica de estar infilitrada pelos russos...

Esse mesmo católico, anti-NOM e pró-Fátima apóia não a paz, mas a guerra globalista promovida por um "cristão sincero" ligado à "new ager" Fellowship Foundation, que tem por Jesus Cristo o "novo Cristo" de Blavatsky, ou o "Cristo" esotérico de Rudolf Steiner. Um "cristão", aliás, cujos serviços foram reconhecidos por instituições sionistas que querem reconstruir o Templo de Salomão, que é, pela mais incrível coincidência, uma das finalidades da Maçonaria, já que, a partir desse Templo, acredita poder fundar a Religião Mundial.

Parabéns, nova direita brasileira, pelos serviços prestados à Nova Ordem Mundial. 
























quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A estratégia das tesouras

Ron Paul tomou as dores da Rússia frente ao expansionismo da Nova Ordem Mundial.

Paul Craig Roberts, conservador que foi da equipe econômica de Ronald Reagan, tem repetidamente defendido a Rússia diante dos globalistas. 

Gerald Celente, com livre trânsito e de boa reputação entre os conservadores americanos, também vê a Rússia como vítima de um ataque expansionista Ocidental

Assim como a newsletter do Lew Rockwell, o libertário Alex Jones tem tomado o lado da Rússia em contraposição à Nova Ordem.

Até recentemente um destacado olavette, Júlio Severo tem feito elogios rasgados à Rússia, seja diretamente ou abrindo espaço para outros

Qualquer um que seja a favor de valores tradicionais e contra a Nova Ordem Mundial e tenha alguma noção do que está acontecendo no mundo e do declarado interesse da NOM em dominar a Eurásia coloca-se imediatamente ao lado da Rússia.  

Mas o Prof. Olavo de Carvalho, aquele intelectual que se diz católico mas que defende que o Cristianismo precisa da Maçonaria, discorda, apesar de também se dizer defensor daqueles valores e contra a NOM, e se diz agora preocupado com uma penetração russa em meios tradicionalistas católicos:




Será que precisa de uma "infiltração" para que a direita católica se identifique mais com a posição russa do que com a Ocidental? E como explicar que até Júlio Severo tenha mudado de lado? E mais: por que será que ele não se preocupa com a infiltração maçônica na Igreja, e, muito pelo contrário, considera que o Cristianismo em geral precisa da Maçonaria?

A propósito, a Igreja condena oficialmente a Maçonaria ou a Rússia?


Atacar esse país, o único que realmente se contrapõe ao expansionismo globalista com alguma chance de se impor, é prática diária da grande mídia internacional, e o que faz frequentemente o think tank globalista CFR, e também George Soros e Zbigniew Brzezinski. Enfim, todos aqueles de cuja agenda Olavo de Carvalho publicamente diz discordar.

Só entende essa posição aparentemente contraditória quem conhece a história de outro perenialista, René Guénon, maçom que escrevia para uma revista anti-maçônica pseudo-católica e, em seus artigos, atacava a Maçonaria enquanto organização e, ao mesmo tempo, defendia a penetração gnóstica na Igreja.

Mas há sempre quem insista em achar que sabe o mínimo para não ser um idiota e se deixa seduzir pelo discurso anti-petista e anti-comunista, como se a esquerda fosse todo o mal do mundo. 









sábado, 10 de janeiro de 2015

Sim, você confia.

Você confiaria em um movimento conservador cujo líder maior tivesse sido membro de um partido comunista, no qual sua principal função fosse destruir a reputação dos que desagradavam ao partido e que continuasse utilizando as mesmas técnicas quando um de seus vassalos decidisse expressar discordância, fazendo com que seus seguidores satanizassem irracionalmente os dissidentes e, dessa forma, não prestassem atenção ao que eles tivessem a dizer?

Você confiaria em um movimento conservador cujo líder maior se dissesse contrário à expansão islâmica, mas que recomendasse a seus seguidores os cursos de seus filhos, sendo eles discípulos do sheikh sufi marroquino Abdullah Haddad?

Você confiaria em um movimento conservador cujo líder maior defendesse que o Cristianismo precisa da Maçonaria e tivesse envolvimento com essa organização em um certo país do Leste Europeu?

Não, você não confiaria. Você confia, pois ignora tudo o que precisa saber para deixar de ser um idiota.