Primeiro nos tiraram os negros. Nossas mulheres tiveram que lavar a louça.
Depois, tiraram nossas mulheres de casa. Tivemos de comprar uma lavadora de louças.
Agora querem casar viados. Não vamos poder nem dar a bunda sem correr o risco de pagar pensão?
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Homens de um autor só.
Corre essa corrente no Facebook. É assim que uma olavete irá repassá-la.
Quem me convidou para esta brincadeira foi outra olavete, pois eu não adiciono filho da puta que tenha aquela porra de mentalidade revolucionária do olho do cu. Consiste em fazer uma lista com os 10 livros (ficção ou não-ficção) que tenham me marcado. A ideia não é gastar muito tempo, nem pensar muito. Até porque o Olavo de Carvalho já pensou tudo. Não precisam ser grandes obras, apenas que tenham sido importantes pra mim. Mas eu escolhi as maiores obras da civilização ocidental. Eu tenho que marcar 10 amigos que vão gostar da brincadeira, mas sei que todos gostarão, pois todos pensamos exatamente da mesma forma. E eles devem me incluir quando fizerem suas listas para que eu possa ver a lista deles.
1. O Jardim das Aflições - Olavo de Carvalho.
2. Visões de Descartes - Olavo de Carvalho.
3. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. - Olavo de Carvalho.
4. O Imbecil Coletivo I - Olavo de Carvalho.
5. O Imbecil Coletivo II - Olavo de Carvalho.
6. A Dialética Simbólica - Olavo de Carvalho.
7. A Nova Era e a Revolução Cultural - Olavo de Carvalho.
8. Aristóteles em Nova Perspectiva - Olavo de Carvalho.
9. O Futuro do Pensamento Brasileiro - Olavo de Carvalho.
10. O Caráter como Forma Pura da Personalidade - Olavo de Carvalho.
P.S.: Sorry, Mateus Soares de Azevedo, pela apropriação e adaptação do título, mas é que o perfil se encaixa como uma luva.
domingo, 26 de janeiro de 2014
Você não consegue fugir da essência de quem você é, blá- blá-blá
Acabo de assistir a um breve vídeo que Rodrigo Constantino "uppou" em seu canal no Youtube. No vídeo, ele diz que foi se tornando mais conservador e menos "libertário" - ao menos, pelo contexto, nos aspectos sociais, não econômicos - conforme foi amadurecendo, e citou, como fator que influenciou essa mudança, o fato de agora ter uma filha.
Isso me fez lembrar de quando ele não era ainda um "intelectual público" e nós trocamos alguns e-mails, pois nos conhecemos participando de uma mesma lista de discussão na internet. Como ele colocava o respeito à liberdade individual como referencial absoluto da conduta humana em sociedade, questionei-o sobre o conceito de maioridade, já que certos direitos individuais só são conquistados após uma certa idade e, como destaquei então, esses direitos estavam sendo limitados necessariamente por outrem que não o individuo dito "menor".
Durante a troca de e-mails, chegamos a um ponto em que eu lhe perguntei se ele permitiria que um filho de 5 anos fizesse as malas e fosse embora de casa, não interferindo na decisão em nome da tal "liberdade individual". Ele disse que provavelmente deixaria que o filho se fosse.
Supondo, plausivelmente, que ele já não mais se diz predisposto a permitir que a liberdade do filho vá tão longe, pode-se dizer que ele "evoluiu". O que há de errado com isso?
A minha resposta é "Nada, porém tudo". E justifico:
O que se espera de um adulto qualquer é que ele perceba de forma imediata que uma criança de 5 anos não pode ter o direito de "packing up and leaving". Essa não é uma simples questão ideológica, e tampouco uma daquelas coisas que "a gente só entende depois que tem filho". Exceto se ele tiver uma personalidade doentia - o que eu não creio ser o caso -, é evidente que ele jamais acreditou mesmo que teria essa atitude. Ele estava vestindo uma máscara ideológica.
E o que há de errado no vídeo é que ele continua fazendo isso.
Antes, preciso dizer que o Rodrigo melhorou muito, e talvez seja uma das mais equilibradas - ou menos radicais - figuras públicas da "nova direita", juntamente com o Luís Felipe Pondé, mas, para um bom observador, o que se vê ainda é uma carapaça discursiva ideológica. Mas só que uma carapaça um pouco diferente da anterior.
Eu poderia apontar, como evidência do que afirmei, a necessidade constantina de afetação de uma cultura superior, o que é perceptível na forma quase obsessiva com que faz referência a pensadores famosos para dar substância às mais pueris de suas afirmações. Mas essa infantilidade do pai de família empalidece diante de sua incompreensão desses mesmos pensadores.
No caso do vídeo em questão, Constantino fala sobre a importância dos aspectos estéticos e morais da sociedade, geralmente negligenciados pelos chamados "libertários" - grupo do qual foi mais partidário-, que tendem a subjetivizá-los. Ele faz, então, referência a Roger Scruton.
Ora, o conservadorismo de Scruton, assim como o de todos os europeus, difere muito do que se chama de conservadorismo nos EUA, cujo sentido foi macaqueado pelos tupi-neocons. Basta ler esse trecho da "book description" de seu livro "Meaning of Conservatism" na Amazon:
Scruton’s idea of conservatism ... might well shock the sensibilities of those American "conservatives" who view it as little more than the workings of the free market. Conservatism, says Scruton, is neither automatic hostility toward the state nor the desire to limit the state’s obligations toward the citizen. Rather, conservatism regards the individual not as the premise but the conclusion of politics,...
Outro livro que mostra a distância entre o conservadorismo de Scruton e o americano é How to Think Seriously About the Planet: The Case for an Environmental Conservatism, em que ele defende que organizações locais assumam a responsabilidade pelo meio-ambiente em oposição aos interesses corporativos e soluções estatistas e centralizadoras.
Não, o conservadorismo original, a despeito do que os tupi-neocons compraram em Miami, não é uma mera defesa do livre mercado com concessões pontuais à "moral e os bons costumes" que supostamente adquirimos de uma família idealizada e impolutamente cristã.
O conservadorismo de fato não é somente um pé atrás diante do novo, como dá a entender sua compreensão como "política da prudência", mas uma atitude propositiva com base em uma concepção - testada ao longo do tempo - de como uma sociedade funciona, e como o faz melhor. O conservadorismo concebe o indivíduo como organicamente ligado à pólis em uma teia de relações familiares, mas sobretudo civis, comunitárias, diferindo, dessa forma, tanto do conservadorismo americano/liberalismo clássico - com sua ênfase lockeana no indivíduo como ponto de partida -, como do estatismo esquerdista.
Mas essa diferença essencial fica apagada, como um "ponto cego", para a visão de alguém que mais se preocupa em citar do que em compreender. É por isso que, nesse mesmo vídeo, o Constantino consegue fazer uma breve defesa do Belo, que ele acredita "conservadora", indo na esteira do mesmo Scruton, mas ter, há não muito tempo, escrito isso no Facebook, conforme narrado por Janer Cristaldo:
- Mensagens filosóficas ou políticas, você não consegue fugir da essência de quem você é, blá-blá-blá. O que REALMENTE me impressionou em Homem de Ferro 3 foi algo mais banal, mais prosaico, mas totalmente atrelado ao conceito de cinema como a sétima arte, em minha humilde opinião: os efeitos especiais! Eu me senti transportado para um mundo à parte. É impressionante. Ver aquela maravilhosa mansão do Tony Stark ruindo foi algo espantoso, fora tantas outras coisas. Vai ver se Cuba ou Irã podem fazer algo parecido... :)
Isso me fez lembrar de quando ele não era ainda um "intelectual público" e nós trocamos alguns e-mails, pois nos conhecemos participando de uma mesma lista de discussão na internet. Como ele colocava o respeito à liberdade individual como referencial absoluto da conduta humana em sociedade, questionei-o sobre o conceito de maioridade, já que certos direitos individuais só são conquistados após uma certa idade e, como destaquei então, esses direitos estavam sendo limitados necessariamente por outrem que não o individuo dito "menor".
Durante a troca de e-mails, chegamos a um ponto em que eu lhe perguntei se ele permitiria que um filho de 5 anos fizesse as malas e fosse embora de casa, não interferindo na decisão em nome da tal "liberdade individual". Ele disse que provavelmente deixaria que o filho se fosse.
Supondo, plausivelmente, que ele já não mais se diz predisposto a permitir que a liberdade do filho vá tão longe, pode-se dizer que ele "evoluiu". O que há de errado com isso?
A minha resposta é "Nada, porém tudo". E justifico:
O que se espera de um adulto qualquer é que ele perceba de forma imediata que uma criança de 5 anos não pode ter o direito de "packing up and leaving". Essa não é uma simples questão ideológica, e tampouco uma daquelas coisas que "a gente só entende depois que tem filho". Exceto se ele tiver uma personalidade doentia - o que eu não creio ser o caso -, é evidente que ele jamais acreditou mesmo que teria essa atitude. Ele estava vestindo uma máscara ideológica.
E o que há de errado no vídeo é que ele continua fazendo isso.
Antes, preciso dizer que o Rodrigo melhorou muito, e talvez seja uma das mais equilibradas - ou menos radicais - figuras públicas da "nova direita", juntamente com o Luís Felipe Pondé, mas, para um bom observador, o que se vê ainda é uma carapaça discursiva ideológica. Mas só que uma carapaça um pouco diferente da anterior.
Eu poderia apontar, como evidência do que afirmei, a necessidade constantina de afetação de uma cultura superior, o que é perceptível na forma quase obsessiva com que faz referência a pensadores famosos para dar substância às mais pueris de suas afirmações. Mas essa infantilidade do pai de família empalidece diante de sua incompreensão desses mesmos pensadores.
No caso do vídeo em questão, Constantino fala sobre a importância dos aspectos estéticos e morais da sociedade, geralmente negligenciados pelos chamados "libertários" - grupo do qual foi mais partidário-, que tendem a subjetivizá-los. Ele faz, então, referência a Roger Scruton.
Ora, o conservadorismo de Scruton, assim como o de todos os europeus, difere muito do que se chama de conservadorismo nos EUA, cujo sentido foi macaqueado pelos tupi-neocons. Basta ler esse trecho da "book description" de seu livro "Meaning of Conservatism" na Amazon:
Scruton’s idea of conservatism ... might well shock the sensibilities of those American "conservatives" who view it as little more than the workings of the free market. Conservatism, says Scruton, is neither automatic hostility toward the state nor the desire to limit the state’s obligations toward the citizen. Rather, conservatism regards the individual not as the premise but the conclusion of politics,...
Outro livro que mostra a distância entre o conservadorismo de Scruton e o americano é How to Think Seriously About the Planet: The Case for an Environmental Conservatism, em que ele defende que organizações locais assumam a responsabilidade pelo meio-ambiente em oposição aos interesses corporativos e soluções estatistas e centralizadoras.
Não, o conservadorismo original, a despeito do que os tupi-neocons compraram em Miami, não é uma mera defesa do livre mercado com concessões pontuais à "moral e os bons costumes" que supostamente adquirimos de uma família idealizada e impolutamente cristã.
O conservadorismo de fato não é somente um pé atrás diante do novo, como dá a entender sua compreensão como "política da prudência", mas uma atitude propositiva com base em uma concepção - testada ao longo do tempo - de como uma sociedade funciona, e como o faz melhor. O conservadorismo concebe o indivíduo como organicamente ligado à pólis em uma teia de relações familiares, mas sobretudo civis, comunitárias, diferindo, dessa forma, tanto do conservadorismo americano/liberalismo clássico - com sua ênfase lockeana no indivíduo como ponto de partida -, como do estatismo esquerdista.
Mas essa diferença essencial fica apagada, como um "ponto cego", para a visão de alguém que mais se preocupa em citar do que em compreender. É por isso que, nesse mesmo vídeo, o Constantino consegue fazer uma breve defesa do Belo, que ele acredita "conservadora", indo na esteira do mesmo Scruton, mas ter, há não muito tempo, escrito isso no Facebook, conforme narrado por Janer Cristaldo:
- Mensagens filosóficas ou políticas, você não consegue fugir da essência de quem você é, blá-blá-blá. O que REALMENTE me impressionou em Homem de Ferro 3 foi algo mais banal, mais prosaico, mas totalmente atrelado ao conceito de cinema como a sétima arte, em minha humilde opinião: os efeitos especiais! Eu me senti transportado para um mundo à parte. É impressionante. Ver aquela maravilhosa mansão do Tony Stark ruindo foi algo espantoso, fora tantas outras coisas. Vai ver se Cuba ou Irã podem fazer algo parecido... :)
Eu também assisti a esse filme e gostei. É um excelente entretenimento. Mas só quem se limita a arrotar uma apreciação do Belo pode se sentir "transportado para um mundo à parte" pelos "efeitos especiais" da "maravilhosa mansão do Tony Stark ruindo [...,] fora tantas outras coisas".
Sim, melhorou, mas ainda não passa de mais um pastel de vento. Só que de outro sabor.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Macho que é macho...
Reinaldo Azevedo sobre o Porta dos Fundos:
O fato de os humoristas, por uma covardia justificada, não fazerem piada sobe o Islã deveria levá-los a uma reflexão: então a violência cultivada por uma religião os empurra para o silêncio, e o reconhecido pacifismo da outra, para a falta de limites — a não ser o da graça? Não é possível! Fosse assim, a tal graça (quando não envolve islâmicos, claro!) seria um valor soberano, superior a todos os outros. Essa fala, ademais, é perigosa porque está a sugerir que, se os cristãos reagissem de forma violenta, eles parariam. Não é um bom modo de pensar.
Ou "Gente, se masturbando com a foto da Angelina Jolie até viado goza! Quero ver é bater uma para a Zezé Macedo".
O fato de os humoristas, por uma covardia justificada, não fazerem piada sobe o Islã deveria levá-los a uma reflexão: então a violência cultivada por uma religião os empurra para o silêncio, e o reconhecido pacifismo da outra, para a falta de limites — a não ser o da graça? Não é possível! Fosse assim, a tal graça (quando não envolve islâmicos, claro!) seria um valor soberano, superior a todos os outros. Essa fala, ademais, é perigosa porque está a sugerir que, se os cristãos reagissem de forma violenta, eles parariam. Não é um bom modo de pensar.
Ou "Gente, se masturbando com a foto da Angelina Jolie até viado goza! Quero ver é bater uma para a Zezé Macedo".
Fontes, melhor não checá-las, mas se checá-las...
Olavo de Carvalho, em seu perfil no Facebook:
Aqueles que com trejeitos de autoridade professoral vivem me cobrando "as fontes! as fontes!" não apenas jamais consultam as fontes abundantes que lhes forneço (algumas centenas de livros e inumeráveis notícias de mídia, só no True Outspeask),...
Na realidade, consultaram. Boa parte não passa de subliteratura conspiratória.
E eu também fiz meu homework.
Segundo o Olavo, os livros de Claire Sterling são fonte segura quando o assunto é o poder da antiga KGB:
http://www.olavodecarvalho. org/semana/050418fsp.htm
Conforme mostrou a repórter Claire Sterling no seu livro Thieves' World ("O Mundo dos Ladrões"), New York, Simon & Schuster, 1994, a constituição desse Império do Crime deu-se sob o comando da "máfia russa", que continua regendo o espetáculo...
http://www.olavodecarvalho. org/semana/061211dc.html
Em 1993 a notável repórter do Reader's Digest, Claire Sterling,já havia fornecido um retrato muito mais completo da situação no seu livro Thieves' World, ao descrever a rápida arregimentação mundial das máfias dos diversos países sob o comando unificado russo.
Na primeira parte do documentário The Power of Nightmares, da BBC, você fica sabendo que um de seus livros sobre o assunto, The Terror Network - que afirma que todos os ataques terroristas que pipocaram por todo o mundo na época da Guerra Fria eram articulados pela URSS - exerceu uma grande influência sobre os neocons. A CIA, porém, negava a validade das informações amealhadas pela autora, apesar daqueles insistirem em levá-las a sério.
Em um certo momento, durante a administração Reagan, William Casey, que era simpático aos neocons, chegou ao comando da CIA. Ele reuniu um grupo de especialistas para preparar um relatório que confirmasse as alegações do livro. No entanto, foi informado de que a própria agência de investigação americana é que havia passado falsas informações à autora em sua guerra de informação e desinformação. A coordenação russa do terrorismo mundial JAMAIS EXISTIU.
Nas palavras de Melvin Goodman, que, de 1976 a 1987,foi Head of Office of Soviet Affairs da CIA, no documentário citado:
When we looked through the book we saw that very clear episodes were CIA black propaganda, clandestine information that was designed, under a cover action plan, to be planted in European newspapers, were picked up and put in this book... We told him point-blank, we even had the operations people to tell Bill Casey... but all of this were [sic] dismissed...
Aqueles que com trejeitos de autoridade professoral vivem me cobrando "as fontes! as fontes!" não apenas jamais consultam as fontes abundantes que lhes forneço (algumas centenas de livros e inumeráveis notícias de mídia, só no True Outspeask),...
Na realidade, consultaram. Boa parte não passa de subliteratura conspiratória.
E eu também fiz meu homework.
Segundo o Olavo, os livros de Claire Sterling são fonte segura quando o assunto é o poder da antiga KGB:
http://www.olavodecarvalho.
Conforme mostrou a repórter Claire Sterling no seu livro Thieves' World ("O Mundo dos Ladrões"), New York, Simon & Schuster, 1994, a constituição desse Império do Crime deu-se sob o comando da "máfia russa", que continua regendo o espetáculo...
http://www.olavodecarvalho.
Em 1993 a notável repórter do Reader's Digest, Claire Sterling,já havia fornecido um retrato muito mais completo da situação no seu livro Thieves' World, ao descrever a rápida arregimentação mundial das máfias dos diversos países sob o comando unificado russo.
Na primeira parte do documentário The Power of Nightmares, da BBC, você fica sabendo que um de seus livros sobre o assunto, The Terror Network - que afirma que todos os ataques terroristas que pipocaram por todo o mundo na época da Guerra Fria eram articulados pela URSS - exerceu uma grande influência sobre os neocons. A CIA, porém, negava a validade das informações amealhadas pela autora, apesar daqueles insistirem em levá-las a sério.
Em um certo momento, durante a administração Reagan, William Casey, que era simpático aos neocons, chegou ao comando da CIA. Ele reuniu um grupo de especialistas para preparar um relatório que confirmasse as alegações do livro. No entanto, foi informado de que a própria agência de investigação americana é que havia passado falsas informações à autora em sua guerra de informação e desinformação. A coordenação russa do terrorismo mundial JAMAIS EXISTIU.
Nas palavras de Melvin Goodman, que, de 1976 a 1987,foi Head of Office of Soviet Affairs da CIA, no documentário citado:
When we looked through the book we saw that very clear episodes were CIA black propaganda, clandestine information that was designed, under a cover action plan, to be planted in European newspapers, were picked up and put in this book... We told him point-blank, we even had the operations people to tell Bill Casey... but all of this were [sic] dismissed...
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Quando um projeto totalitário encontra outro projeto totalitário.
Segundo a tradição cristã, Maria teria cerca de 12 ou 13 anos de idade quando recebeu a Anunciação. Diante do comunicado pelo Anjo Gabriel, Maria teria dito:
38 Disse então Maria. Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.
Para os padrões morais da nossa época, o especial de Natal do Porta dos Fundos foi mais respeitoso do que se tivesse retratado o texto original, pois engravidar uma menor nessa idade é algo visto como verdadeiramente abjeto hoje em dia.
A questão da liberdade de expressão em oposição ao respeito aos mitos e narrativas religiosas em uma civilização pós-moderna deveria suscitar uma discussão muito mais complexa do que a que comediantes e carolas têm disposição em empreender, como se vê em vídeos e artigos cheios de exageros e simplismos de ambos os lados.
O único religioso do meu conhecimento que parece ter clareza mental diante desse tipo de conflito é Thaddeus Kozinski, mas cada lado do debate só parece estar querendo impor ao restante da sociedade seus próprios referenciais através de artifícios legais e controle das esferas políticas de poder.
38 Disse então Maria. Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.
Para os padrões morais da nossa época, o especial de Natal do Porta dos Fundos foi mais respeitoso do que se tivesse retratado o texto original, pois engravidar uma menor nessa idade é algo visto como verdadeiramente abjeto hoje em dia.
A questão da liberdade de expressão em oposição ao respeito aos mitos e narrativas religiosas em uma civilização pós-moderna deveria suscitar uma discussão muito mais complexa do que a que comediantes e carolas têm disposição em empreender, como se vê em vídeos e artigos cheios de exageros e simplismos de ambos os lados.
O único religioso do meu conhecimento que parece ter clareza mental diante desse tipo de conflito é Thaddeus Kozinski, mas cada lado do debate só parece estar querendo impor ao restante da sociedade seus próprios referenciais através de artifícios legais e controle das esferas políticas de poder.
A Sitting Duck Dynasty americana e os nossos patos no tucupi.
Resumindo o vídeo do texano do CultofDusty sobre Duck Dynasty:
1. Ao contrário do "cristão" Phil Robertson, Jesus não disse nada a respeito de homossexuais não irem para o Céu. Mas falou dos ricos - como é o caso da família Robertson:
"É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus."
2. Agora reparem na cabeleira do Phil Robertson - que não difere muito da dos filhos:
Vejam agora o que o Apóstolo Paulo diz na carta aos Coríntios:
"Não vos ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é para ele uma desonra".
3. O look da família é totalmente fabricado. Vejam as fotos de antes do programa:
4. Além do que foi apontado pelo CultofDusty, o criador de Duck Dynasty, Scott Gurney, já fez filme pornô gay. O trailer do filme pode ser visto no Youtube.
Parabéns, elite intelectual liberal-conservadora, que irá livrar esse país das trevas da ignorância. Qualquer executivo da A&E é mais esperto que vocês.
1. Ao contrário do "cristão" Phil Robertson, Jesus não disse nada a respeito de homossexuais não irem para o Céu. Mas falou dos ricos - como é o caso da família Robertson:
"É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus."
2. Agora reparem na cabeleira do Phil Robertson - que não difere muito da dos filhos:
Vejam agora o que o Apóstolo Paulo diz na carta aos Coríntios:
"Não vos ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é para ele uma desonra".
3. O look da família é totalmente fabricado. Vejam as fotos de antes do programa:
4. Além do que foi apontado pelo CultofDusty, o criador de Duck Dynasty, Scott Gurney, já fez filme pornô gay. O trailer do filme pode ser visto no Youtube.
Parabéns, elite intelectual liberal-conservadora, que irá livrar esse país das trevas da ignorância. Qualquer executivo da A&E é mais esperto que vocês.
Priceless.
Ver os que defendiam a "liberdade de expressão ocidental" diante da reação islâmica aos cartoons dinamarqueses sobre Maomé - aliás, os mesmos que ficavam compartilhando links para o documentário Fitnah - se fingindo de indignados diante do especial de Natal do Porta dos Fundos não tem preço.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Foggy early childhood memories.
Eu estava lá. Não notei a presença desse rapaz, então um bebê, na platéia da São Francisco, mas lembro claramente que não houve tal vaia ao Alaor Caffé. Quem saiu vaiado, chamado em coro, pelos alunos mais radicais, de fascista, foi o Olavo de Carvalho.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Anti-anti-semitismo caolho.
Segundo Olavo de Carvalho, em seu perfil no Facebook, Janer Cristaldo foi banido do Mídia sem Máscara "a pedido de organizações judaicas inconformadas com o conteúdo ostensivamente anti-semita dos seus artigos".
Sabemos, no entanto, que Olavo de Carvalho se diz devoto do Pe. Pio de Pietrelcina, costumeiramente rogando por sua proteção no início de seu programa de rádio.
Agora joguem "The Jews are enemies of God and foes of our holy religion" no Google and have fun.
Sabemos, no entanto, que Olavo de Carvalho se diz devoto do Pe. Pio de Pietrelcina, costumeiramente rogando por sua proteção no início de seu programa de rádio.
Agora joguem "The Jews are enemies of God and foes of our holy religion" no Google and have fun.
Divergência seletiva.
A "Nova Direita" brasileira tem suas idiossincrasias. Atolada em uma avalanche de idéias anti-socialistas em circulação nos idolatrados Estados Unidos, mas com um domínio do idioma inglês coerente com o desempenho brasileiro no Pisa, engloba indiferenciadamente "conservadores" e "libertários".
E o que é um libertário? Na prática, é fácil identificar um: é alguém que diz que não vivemos no capitalismo, mas, de fato, em um mundo fascista ou socialista, que se caracteriza pela intervenção do Estado na economia e das grandes empresas no Estado, e que isso é ruim, pois não permite a livre expressão das forças do mercado, que é o que realmente geraria riqueza e caracterizaria o capitalismo "verdadeiro". Um libertário defende, para se corrigir essa situação, o mínimo de Estado ou mesmo sua abolição.
Diogo Costa é um libertário. Ele escreveu "Pelo capitalismo, para os pobres", artigo em que ele afirma:
"Nos últimos vinte anos, a pobreza mundial caiu pela metade. Esse é um acontecimento inédito na história humana. Eu olho para a Ásia e a África e vejo um capitalismo tirando o mundo da miséria."
É assim que funciona o raciocínio de um libertário: quando existe uma crise financeira mundial, inflação, alta carga tributária, proteção a essa ou àquela empresa, é porque não vivemos verdadeiramente em um sistema capitalista. Quando o que seria, de fato, segundo eles, fascismo ou socialismo, gera riqueza, então foi o "capitalismo tirando o mundo da miséria".
Camuflando uma tradução lesa.
Uma breve passagem pelo site Mídia sem Máscara nos rende um colar de pérolas:
"Rock'n'Teologia da Missão Integral" camufla pedrada no Evangelho, de Júlio Severo.
Camufla pedrada? Segundo Severo, que é tradutor profissional:
"... rock — palavra em inglês que significa “pedra,” mas que é usada para definir um estilo musical moderno. A “pedrada” no Evangelho ficou por conta dos “apóstolos” da TMI."
Não, Sr. Severo. "Rock", de rock'n' roll, significa "balançar", mover-se repetidamente de trás para a frente, ou de um lado para o outro, como quando a mãe "rocks the baby" para que ele durma ou quando um velhinho se senta em uma "rocking chair".
O artigo tem também um ataque ao Pastor Caio Fábio, que, por ventura, deu a entender que Júlio Severo é quem camufla.
"Rock'n'Teologia da Missão Integral" camufla pedrada no Evangelho, de Júlio Severo.
Camufla pedrada? Segundo Severo, que é tradutor profissional:
"... rock — palavra em inglês que significa “pedra,” mas que é usada para definir um estilo musical moderno. A “pedrada” no Evangelho ficou por conta dos “apóstolos” da TMI."
Não, Sr. Severo. "Rock", de rock'n' roll, significa "balançar", mover-se repetidamente de trás para a frente, ou de um lado para o outro, como quando a mãe "rocks the baby" para que ele durma ou quando um velhinho se senta em uma "rocking chair".
O artigo tem também um ataque ao Pastor Caio Fábio, que, por ventura, deu a entender que Júlio Severo é quem camufla.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Nem só de fetos na Pepsi vive um filósofo.
"A Pepsi está usando células de fetos abortados como adoçante" não é a única pérola olaviana. Existem tesouros escondidos ainda a serem revelados. Como esse aqui:
"A 'família tradicional' que os cristãos e conservadores defendem ardorosamente contra o assédio feminista, gayzista, pansexualista etc., bem como contra a usurpação do pátrio poder pelo Estado, é essencialmente a família nuclear constituída de pai, mãe e filhos (poucos). O cinema consagrou essa imagem como símbolo vivente dos valores fundamentais da cultura americana, e a transmitiu a todos os países da órbita cultural dos EUA.
Mas esse modelo de família nada tem de tradicional. É um subproduto da Revolução Industrial e da Revolução Francesa..."
Mas esse modelo de família nada tem de tradicional. É um subproduto da Revolução Industrial e da Revolução Francesa..."
Não obstante, America 3:0, escrito por dois conservadores americanos, demonstra, com farta bibliografia, que a "absolute nuclear family" é um traço característico dos anglo-saxões, desde quando ainda eram povos bárbaros, como indicado no mapa do pesquisador Emmanuel Todd:
Sendo assim, o conhecimento acumulado pelos estudiosos do assunto (a.k.a. pessoas que sabem do que estão falando) indica que a imagem que o cinema consagrou como símbolo vivente dos valores fundamentais da cultura americana e transmitiu para todos os países da órbita cultural dos EUA é um LEGÍTIMO símbolo vivente dos valores fundamentais da cultura americana, até mesmo britânica, e muito, mas muito anterior à invenção do próprio cinema e às revoluções supracitadas.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Honrai pai e mãe.
Conservador católico e olavete em post público no Facebook:
Quando um blogue sobre literatura que se proclama como sendo "o maior blog literário do Brasil" publica um texto com um erro crasso de conjugação --- o correto é "previu" e não "preveu" ---, eu vejo que eu vivo em um país de analfabetos. Dias atrás, quando disse para a minha mãe que Platão tinha me convencido a fazer ginástica, ela riu e disse: "Platão? Mas ele não está morto?". Vivendo em um país de um nível desses, só me resta conversar com os mortos mesmo.
P.S.: A pessoa que postou isso no Facebook não gostou de ver seu post aqui - apesar de ter sido público - e, por isso, tirei qualquer referência que o identificasse, até porque sua identidade não tem qualquer importância. Mesmo assim ele me ameaçou com "medidas legais". Estou consultando o meu advogado para saber se isso faz qualquer sentido e, se ele realmente tiver razão, eu retirarei o post.
P.S.II: Manterei o post como está. Eu não precisava nem ter apagado a identificação do rapaz, já que o post era público e eu só fiz reproduzi-lo, mas, por entender que isso seria "eternizar" uma besteira da qual ele já deve ter até se arrependido, prefiro manter sem a identificação.
O que importa aqui não é "fulanizar" a coisa, mas demonstrar os caminhos errados aos quais a mentalidade que se está formando na "nova direita" pode levar, fazendo com que o ego dos seus membros insufle a tal ponto que eles façam coisas que eles não fariam sem essa perniciosa influência ideológica.
Quando um blogue sobre literatura que se proclama como sendo "o maior blog literário do Brasil" publica um texto com um erro crasso de conjugação --- o correto é "previu" e não "preveu" ---, eu vejo que eu vivo em um país de analfabetos. Dias atrás, quando disse para a minha mãe que Platão tinha me convencido a fazer ginástica, ela riu e disse: "Platão? Mas ele não está morto?". Vivendo em um país de um nível desses, só me resta conversar com os mortos mesmo.
P.S.: A pessoa que postou isso no Facebook não gostou de ver seu post aqui - apesar de ter sido público - e, por isso, tirei qualquer referência que o identificasse, até porque sua identidade não tem qualquer importância. Mesmo assim ele me ameaçou com "medidas legais". Estou consultando o meu advogado para saber se isso faz qualquer sentido e, se ele realmente tiver razão, eu retirarei o post.
P.S.II: Manterei o post como está. Eu não precisava nem ter apagado a identificação do rapaz, já que o post era público e eu só fiz reproduzi-lo, mas, por entender que isso seria "eternizar" uma besteira da qual ele já deve ter até se arrependido, prefiro manter sem a identificação.
O que importa aqui não é "fulanizar" a coisa, mas demonstrar os caminhos errados aos quais a mentalidade que se está formando na "nova direita" pode levar, fazendo com que o ego dos seus membros insufle a tal ponto que eles façam coisas que eles não fariam sem essa perniciosa influência ideológica.
Mundo melhor é só o meu.
O Cristianismo foi uma revolução em relação ao judaísmo e ao paganismo circundantes.
O republicanismo e a democracia representativa foram uma revolução em relação às monarquias medievais.
O capitalismo foi uma revolução em relação à economia medieval.
A industrialização foi uma revolução em relação ao modo de produção artesanal.
Daí aparecem os tupi-neocons e olavetes defendendo o Cristianismo, a república democrática - defesa essa que vai só até a página 2, pois há um "soft spot" para a ditadura militar -, e o capitalismo industrial, mas se dizendo contrários à "mentalidade revolucionária" e à pretensão de se construir "um mundo melhor".
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
"Com a medida que julgares serás julgado" no dos outros é refresco.
"Associação católica vai ao Ministério Público contra Porta dos Fundos" com base no artigo 208 do Código Penal, que determina que não se pode "escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa" ou "vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso".
Então o Código Penal puniria Jesus Cristo por ter dito o que disse sobre os fariseus - lembrando que o farisaísmo é tudo o que sobrou do judaísmo - ou Santo Tomás de Aquino pelo que disse de Maomé, e qualquer um que expressasse concordância com eles?
Luzia, a überconservadora
Em um país em que a esquerda ainda sonha com uma revolução socialista e consegue se manter no poder há mais de uma década, ergue-se no horizonte o outro lado da desgraça nacional: a "Nova Direita", a destra do Cramulhão moderno.
Para servir como símbolo e musa para os tupi-neocons e olavetes, elejo Luzia, a primeira brasileira conhecida, portanto a überconservadora, o indivíduo fossilizado mais antigo de que se tem notícias por essas bandas, a tataravó do nosso conservadorismo.
Para servir como símbolo e musa para os tupi-neocons e olavetes, elejo Luzia, a primeira brasileira conhecida, portanto a überconservadora, o indivíduo fossilizado mais antigo de que se tem notícias por essas bandas, a tataravó do nosso conservadorismo.
Luzia, a mais antiga brasileira, ûberconservadora e musa da "nova direita". |
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