A candidatura de Jair Bolsonaro foi resultante da confluência de 4 vertentes, cada uma composta pelos seguintes grupos:
1. Os militares, que formam o "núcleo duro" do Governo.
2. Os evangélicos, dado seu potencial de atrair votos.
3. Os liberais globalistas, que, através da figura de Paulo Guedes, levaram o candidato para as "altas rodas" financeiras internacionais e fizeram com que abandonasse o discurso nacionalista.
4. As olavettes, que prometiam oferecer ao novo Governo a "sabedoria" que, acreditaram o candidato e pelo menos dois de seus filhos, fluiria como uma seiva divina a partir da Virgínia e, mais recentemente, da "Internacional Nacionalista" de Steve Bannon.
O Governo não sobrevive sem a vertente militar e a evangélica, que compõem seu kit básico de sobrevivência.
Por determinação dos militares, ele está tendo de se livrar do fiasco da 4ª vertente, o que vem ocorrendo sob aplausos aliviados dos liberais globalistas, que, por sua vez, se tornarão, em breve, a única força interna com o potencial de se contrapor aos militares (já que a agenda dos evangélicos se resume praticamente ao anti-esquerdismo e às pautas morais, podendo se moldar ao que restar).
E é nesse ponto que os militares têm de ficar muito atentos, pois os liberais, para garantirem que seus verdadeiros patrões possam se refestelar com o botim nacional, poderão fomentar as críticas da vertente olavette - que já está tentando colocar a população contra os militares antes mesmo de ser escorraçada do barco -, e qualquer sucesso nessa empreitada tenderá a fortalecer o poder desses liberais sobre as decisões do Governo.
Por isso, é importantíssimo que o núcleo duro mantenha canais abertos com russos e chineses, até porque são a única vertente com a disposição de fazê-lo preservando os interesses nacionais, e o farão caso não queiram que viremos a próxima Venezuela.
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