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sábado, 16 de maio de 2015

A Síndrome de Bloomington.

vista da cidade de Bloomington, Indiana

Entre as síndromes "toponímicas" registradas pela Psiquiatria, a mais conhecida talvez seja a de Estocolmo, em que a vítima de uma violência contínua, ao não conseguir se livrar da situação, desenvolve uma doentia simpatia pelo agressor.

Mas há também a Síndrome de Paris, que tem acometido turistas chineses que se desencantam com a Cidade Luz, a Síndrome de Stendhal, que costuma incidir entre jovens europeus impactados pela arte da Renascença, e a Síndrome de Jerusalém, que acomete judeus mas sobretudo evangélicos que saem da cidade - ou lá permanecem, em hospitais psiquiátricos - acreditando-se uma célebre personalidade bíblica.


Creio ter descoberto uma nova síndrome do gênero, ainda não catalogada em nenhum DSM: a Síndrome de Bloomington, cidade-sede da tariqa de Frithjof Schuon. As pessoas acometidas por essa variedade voltam de lá acreditando-se um ser divino, talvez a própria Deusa Mãe, com poderes para excomungar cardeais e até mesmo papas.

Há indícios também de que, entre os sintomas, esteja o delírio de que é necessário manter relações sexuais com homens negros para fins mágico-ritualísticos, o que dá um tom politicamente correto e "inclusivo" ao transtorno, pois se aceitaria até um medíocre poeta negro advindo das favelas cariocas para esse fim. 


Como não há indícios dessa síndrome entre a maioria dos que passaram pela cidade, acredito que sejam mais suscetíveis aqueles que já portavam algum tipo de distúrbio psiquiátrico antes. Sobretudo aqueles que abandonaram o tratamento sem receber a devida alta médica.

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