Em fevereiro de 2014, Putin fez com que o ícone da Virgem de Kazan fosse enviado para abençoar seus militares, em uma prática ancestral russa em tempos de guerra. Sabe-se que esse ícone, que até o início do século passado ficava em São Petersburgo, desapareceu da Rússia quando da Revolução Bolshevique, em 1917, e que foi posteriormente resgatado pelo Blue Army of Our Lady of Fatima, enviado em seguida a Fátima e que, posteriormente, foi parar no quarto do Papa João Paulo II, que não mediu esforços para que ele retornasse à pátria russa, dada a importância histórica desse ícone para os russos e o papel que seu retorno ao país teria para a volta desse povo à fé.
Esse eventos todos selaram uma importante relação entre a "origem geográfica" do cristianismo de Putin, a devoção ao ícone de Nossa Senhora de Kazan e Fátima. É isso que se deve ter em mente quando se assiste ao vídeo em que o Padre Kramer informa que o líder russo teria pedido a Consagração de seu país ao Papa e quando o Padre Gruner confirma que essa conversa sobre Fátima teria ocorrido, embora ele não possa afirmar se o pedido de Consagração foi realmente feito.
As evidências são claras: Putin é um líder verdadeiramente cristão, preocupado com a agressividade crescente do globalismo da Nova Ordem Mundial ao tentar subjugar seu país, e que, ciente do tamanho da encrenca que isso representa e tão convicto disso e de sua fé, pode muito bem ter ido ao Papa pedir a Consagração da Rússia em busca da prometida paz mundial caso isso fosse feito.
Esse é o líder cristão apreciado por tantos tradicionalistas católicos, e também conservadores, libertários, e até pelo evangélico Júlio Severo. Vejamos agora o líder cristão apreciado pelo Prof. Olavo de Carvalho e seus asseclas.
Segundo Olavo de Carvalho, George W. Bush é, em suas palavras, um "cristão sincero". Não duvido que Bush seja "cristão", mas só em um sentido muito amplo do termo. O cristianismo de Bush nasceu em uma "célula" da Fellowship/Family (leia sobre isso, em detalhes, aqui, ou, mais brevemente, aqui). É o cristianismo da elite americana, que promove o National Prayer Breakfast.
A propósito, a evangélica Constance Cumbey demonstrou que a Fellowship, escolas do método de Rudolf Steiner, e o New Age Institute of Noetic Sciences, entre outras organizações, são todas bancadas pela Three Swallows Foundation, então liderada por Paul. N. Temple, que tinha ligações com o líder da Fellowship, Doug Coe, ao mesmo tempo em que era co-fundador do Institute of Noetic Sciences.
Cumbey diz ter descoberto a existência da Fellowship/Family quando soube de um evento, nos anos 80, que reuniu new agers consagrados, como Marylin Ferguson, e líderes evangélicos. O encontro era denominado "Bridging through Christ", pois pretendia construir uma ponte entre o pessoal da Nova Era e os evangélicos através do "Cristo". O convite citava, entre os anfitriões, Doug Coe - presidente da Fellowship - e o próprio Paul N. Temple! Conforme foi investigando, Cumbey descobriu a ligação de Temple com a Teosofia de Blavatsky, e como Blavatsky e seus seguidores pretendiam preparar o mundo para o retorno do "novo Cristo" e uma nova fé, a "Religião Mundial".
Essa ligação da Fellowship com a Teosofia e a religião mundial do "novo Cristo" explica o que o respeitado jornalista Jeff Sharlet, que trouxe a Fellowship - ou the Family - ao grande público, encontrou em suas pesquisas, ao dizer que, nas reuniões do grupo, encontram-se pessoas como Bono Vox, líder do U2, ou o Príncipe Bandar, da Arábia Saudita. Nessas reuniões, até o Alcorão podia ser lido, pois "Jesus está lá, infiltrado no mundo".
Dá para entender, portanto, por que o perenialista Olavo de Carvalho, que acredita que o Alcorão, como Jesus Cristo, é o Verbo Divino, é mais receptivo ao cristianismo "sincero" de George W. Bush do que ao de Putin. Compreende-se também sua posição ao ler esse trecho de um de seus artigos de 2003:
Ora, acontece que o principal sustentáculo político e cultural de George W. Bush é a aliança, já velha de muitas décadas e cada vez mais forte, entre conservadores judeus e cristãos.
Nesse ponto, de fato não se pode discordar: o Olavo estava certo! Mas é estranho que ele, 3 anos depois, se queixasse da identificação, por parte da mídia internacional, do Presidente Bush (cristão) e o secretário Rumsfeld (judeu)" como "fundamentalistas", sobretudo sabendo-se que o então Presidente americano foi condecorado oficialmente pelo Novo Congresso Judaico, o Sinédrio, os movimentos do Templo Sagrado e do Monte do Templo como o "Chief Prince of Meshech and Tubal (Ezekiel 38:1), Leader of the West", graças ao seu empenho em começar a Guerra do Iraque.
Mais do que isso: Bush disse a Jacques Chirac que essa guerra tinha razões religiosas! A conversa foi tão absurda que o presidente francês teve de buscar esclarecimento com um teólogo em uma universidade francesa (aqui, a publicação original da universidade em francês, e sua tradução para o inglês).
No cômputo geral, portanto, o que temos é o seguinte:
O Prof. Olavo diz ser católico, contra a Nova Ordem Mundial e a favor da Consagração da Rússia ao Coração da Virgem, o cristão Putin vai ao Papa pedir a Consagração para promover a paz e evitar a Terceira Guerra Mundial e qual sua reação? Acusar a direita católica de estar infilitrada pelos russos...
Esse mesmo católico, anti-NOM e pró-Fátima apóia não a paz, mas a guerra globalista promovida por um "cristão sincero" ligado à "new ager" Fellowship Foundation, que tem por Jesus Cristo o "novo Cristo" de Blavatsky, ou o "Cristo" esotérico de Rudolf Steiner. Um "cristão", aliás, cujos serviços foram reconhecidos por instituições sionistas que querem reconstruir o Templo de Salomão, que é, pela mais incrível coincidência, uma das finalidades da Maçonaria, já que, a partir desse Templo, acredita poder fundar a Religião Mundial.
O Prof. Olavo diz ser católico, contra a Nova Ordem Mundial e a favor da Consagração da Rússia ao Coração da Virgem, o cristão Putin vai ao Papa pedir a Consagração para promover a paz e evitar a Terceira Guerra Mundial e qual sua reação? Acusar a direita católica de estar infilitrada pelos russos...
Esse mesmo católico, anti-NOM e pró-Fátima apóia não a paz, mas a guerra globalista promovida por um "cristão sincero" ligado à "new ager" Fellowship Foundation, que tem por Jesus Cristo o "novo Cristo" de Blavatsky, ou o "Cristo" esotérico de Rudolf Steiner. Um "cristão", aliás, cujos serviços foram reconhecidos por instituições sionistas que querem reconstruir o Templo de Salomão, que é, pela mais incrível coincidência, uma das finalidades da Maçonaria, já que, a partir desse Templo, acredita poder fundar a Religião Mundial.
Parabéns, nova direita brasileira, pelos serviços prestados à Nova Ordem Mundial.