Os brasileiros tiveram de escolher entre dois projetos socialistas, sendo que, em certos aspectos, como o do Bolsa Família, o projeto do Aécio era mais radicalmente socializante que o do PT.
FHC aumentou a carga tributária 9 vezes mais do que o PT. E multiplicou a dívida pública, que diminuiu sob Lula e Dilma.
Durante a campanha, Aécio falava em fazer muito mais creches do que
Dilma, e expandir o Minha Casa, Minha Vida e o sistema de cotas.
Apesar de tudo isso, o Aécio do imaginário anti-petista era uma espécie de bebê de proveta gestado no ventre de Margaret Thatcher com espermatozóides de Adam Smith: a encarnação do ideário liberal-conservador.
Se você votou no Aécio convicto de que ele era a expressão máxima do anti-petismo, confundindo de forma tão evidente realidade com imaginação, não deve ser difícil para você agora procurar consolo chorando no ombro do seu amigo imaginário.
Apesar de tudo isso, o Aécio do imaginário anti-petista era uma espécie de bebê de proveta gestado no ventre de Margaret Thatcher com espermatozóides de Adam Smith: a encarnação do ideário liberal-conservador.
Se você votou no Aécio convicto de que ele era a expressão máxima do anti-petismo, confundindo de forma tão evidente realidade com imaginação, não deve ser difícil para você agora procurar consolo chorando no ombro do seu amigo imaginário.
Caio, preciso falar contigo sobre temas de educação.
ResponderExcluirVocê tem o meu e-mail, não?
ExcluirQuais as referências para a afirmação sobre a dívida pública?
ResponderExcluirDiversas, mas eu indico uma no link. Se quer uma mais acadêmica: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/122033
ExcluirP.S.: Vi sua discussão no perfil do Alex, Dídimo. Quem disse que tornaria o Bolsa Família algo PERMANENTE - com esse adjetivo - ao torná-lo uma política de Estado foi o Aécio. EStá no programa de governo que ele registrou no TSE.
ExcluirTornar o programa "permanente" quer dizer que ele não poderá ser manipulado em critério e disponibilidade por vontade política do ocupante do poder, não que as mesmas pessoas receberiam por toda a vida, ou que o mesmo perderia seu caráter emergencial, mas ok, vou ver a referência acerca da dívida pública pois que é mais que sabido que a divida interna mais que triplicou desde o governo FHC e não teria como ser diferente tendo em vista programas como esse que estamos discutindo.
ExcluirNesse link que você mandou a dívida pública no governo FHC subiu 13%, de 29% do PIB para 42%, e no governo Lula 16%, de 42% para 58%, então continuo sem entender o que disse.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirDídimo:
Excluir>>>>Tornar o programa "permanente" quer dizer que ele não poderá ser manipulado em critério e disponibilidade por vontade política do ocupante do poder, não que as mesmas pessoas receberiam por toda a vida, ou que o mesmo perderia seu caráter emergencial,<<<<
Sim. E não. Eu entendo a sua leitura, mas o meu texto presumia a leitura do programa do candidato, o qual eu havia linkado em um outro post recente sobre o mesmo tema. O programa dele dizia o seguinte:
"Transformação do Bolsa Família em política de Estado, incorporando-o à Lei Orgânica da Assistência Social e ratificando–o, desta forma, como
direito permanente das populações mais vulneráveis social e
economicamente."
Isso quer dizer que, enquanto houver, por algum critério decidido politicamente, "populações mais vulneráveis social e economicamente", elas continuarão recebendo esse benefício, a despeito das mudanças de Governo. É a isso que ele chama de "permanente".
E, indo além do programa, ele disse http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/10/1364406-aecio-promete-transformar-bolsa-familia-em-programa-de-estado.shtml que proporia que os chefes de família continuassem recebendo o benefício até 6 meses após terem conseguido um emprego e que aumentaria a responsabilidade do Estado no programa - e, implicitamente, também os seus gastos -, já que promoveria um maior acompanhamento das famílias assistidas por parte de agentes estatais.
Daí temos dois pontos:
1. Era - e ainda deve ser - extremamente recorrente no discurso dos que defendiam Aécio enfaticamente o pressuposto de que ele terminaria com o Bolsa Família, ou que iria ao menos diminuí-lo, mas ele nunca disse isso, e, como eu demonstrei, afirmou mesmo o contrário, e foi isso que eu apontei no post.
2. Ao dizer que enquanto houver "vulnerabilidade social ou econômica" o sujeito terá direito ao BF - ou seja, nas palavras dele mesmo, o BF será "permanente" - o programa não pode ser algo "emergencial" ou "pontual", como eu defendi no primeiro parágrafo como a única situação concebível como aceitável para o BF.
>>> é mais que sabido que a divida interna mais que triplicou desde o governo FHC e não teria como ser diferente tendo em vista programas como esse que estamos discutindo.<<<
Dídimo, vc me parece meio ingênuo em questões econômicas. Dívida pública significa que o Governo repassa papéis de baixíssimo risco para bancos, competindo, assim, com o investimento produtivo, que é a única coisa que geraria aumento de riqueza e renda e que acabaria tirando essas populações de situação de risco social e econômico!
É isso o que torna a agenda do "welfare state" tão agradável aos banqueiros e grandes financistas: ao prometer acabar com o problema, ele é eternizado - se torna "permanente", se preferir -, e vai gerando uma demanda social cada vez maior por esses benefícios, e um endividamento maior do Estado, ou uma maior necessidade de arrecadação, ou uma maior emissão de moeda (inflação).
E não saber isso, ou não levar em consideração esse aspecto por trás dos "programas sociais" e da concessão de "direitos" nas democracias modernas - ou seja, da relação entre direitos "positivos" e grande capitalismo financeiro - é "miss" totalmente "the point".
Aliás, a justificativa dele para propor que se torne um programa de Estado, e não de Governo, é que isso despolitizaria o benefício, impedindo que o PT o utilizasse de forma eleitoreira. Isso é equivalente a, diante da possibidade de um partido comunista entrar no poder e estatizar toda a propriedade privada, você já estatizar a propriedade privada como "programa de Estado", esvaziando a proposta do partido comunista!!!
Entendo que a população em geral caia nessa. Mas eu esperaria de liberais e dos conservadores de todos os matizes um pouco mais de esperteza e conhecimento da literatura básica a respeito.
>>>Nesse link que você mandou a dívida pública no governo FHC subiu 13%, de 29% do PIB para 42%, e no governo Lula 16%, de 42% para 58%, então continuo sem entender o que disse.<<<<
Excluir?????? O texto diz:
>>>>É salutar que embora as Contas Públicas passassem a ser vista de forma diferente, todo o esforço na obtenção do superávit primário a partir de 1999 não foi suficiente para conter o avanço da Divida Pública, registrando um salto de 42% do PIB em 1998 para quase 58% do PIB em 2002<<<<
O Governo Lula começou em 2003.