Depois dessa eu deixei de levar a sério seu alarmismo, mas fico feliz em saber que ele anota as minhas "previsões". Até reproduziu uma delas, de 2008, em que eu disse, no Orkut, de forma totalmente informal, que eu acreditava que diferentes vertentes do conservadorismo europeu iriam se expandir no Brasil - como estamos vendo agora, às vésperas de mais um encontro evoliano, já com a presença de gente como Soral e Dugin. Eu "previ" também, no mesmo post, que os libertários iriam se expandir no país, mas ele não reproduziu isso, provavelmente porque tirou da primeira, sabe-se lá como, que eu teria me alinhado aos "eurasianos", mas não poderia me chamar de "libertário" e "eurasiano" ao mesmo tempo.
Tsc, tsc... É uma piada esse filósofo! Ele consegue transformar alguém como eu, que só faz criticar Julius Evola e Aleksander Dugin, além de discordar do perenialismo proposto por Guénon, em um eurasiano convicto. Também me transformou em "amigo" do Mateus Soares de Azevedo. Posso até imaginá-lo lendo o post do Olavo e se perguntando que raios de amigo é esse que arrumaram para ele agora...
Tsc, tsc... É uma piada esse filósofo! Ele consegue transformar alguém como eu, que só faz criticar Julius Evola e Aleksander Dugin, além de discordar do perenialismo proposto por Guénon, em um eurasiano convicto. Também me transformou em "amigo" do Mateus Soares de Azevedo. Posso até imaginá-lo lendo o post do Olavo e se perguntando que raios de amigo é esse que arrumaram para ele agora...
Ah, sim, no mesmo post eu "previ" a diminuição da influência intelectual do Olavo no Brasil. Com dois tradicionais e destacados olavettes preferindo a lepra a admitir que foram influenciados pelo homem e um outro que ele quer por que quer transformar em seu ex-discípulo na marra, os três com contrato com uma grande editora, creio que essa minha previsão está se realizando. Exceto, é claro, se formos contar a Raquel Sheherazade, o Danilo Gentilli ou o baterista do Ultraje a Rigor - nosso futuro presidente olavette! - como estrelas destacadas da constelação intelectual olaviana.
Mas vamos ao mais importante: o Olavo havia dito, há muitos anos, que a tariqa do Schuon era a grande realização dos planos de Guénon, e que aquele estava sob as ordens desse.
A questão que eu levantei então era que, se Schuon era muqaddam do Sheikh Al Alawi, ele não poderia estar sob as ordens de outro senão de seu próprio sheikh. Além disso, sabemos que Schuon e Guénon romperam publicamente devido à questão, já apontada pelo próprio Olavo, da validade iniciática do batismo cristão e que há declarações de Guénon sobre os absurdos da doutrina e práticas da tariqa de seu desafeto, mais especificamente quando esta se tornou a inovadora e universalista Maryamiya.
Isso é o que existe em ampla circulação e está claramente documentado. O Olavo diz agora o que nunca havia dito até então: que, não obstante eles tenham aparentemente rompido, eles, de fato, continuaram cooperando. Percebam que isso é totalmente diferente do que ele havia dito antes e, por contrariar as evidências documentais conhecidas, ou se baseia em [1] especulações, [2] em evidências documentais muito pouco conhecidas, ou são [3] testemunho pessoal do próprio Olavo sobre informações que circulavam discretamente na tariqa schuoniana, pela qual foi responsável aqui no Brasil.
No primeiro caso, por mais que sejam verdadeiras, só podem ser admitidas como possibilidade, não como fatos com o mesmo status do que se conhece documental e amplamente. No segundo caso, é obrigação de quem afirma o ônus da prova, e não o contrário. E, no terceiro caso, vai pentear macaco, vai!
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