Dando prosseguimento à série "Como ganhar dinheiro oferecendo cursos online para conservadores desavisados", tem gente na internet cobrando os olhos da cara para ensinar os conservadores a alfabetizar seus filhos pelo método fônico, que seria ignorado pela esquerda satânica para que ela possa doutrinar as crianças através do método construtivista.
Mas vejam só o que se lê no site do Instituto de Psicologia da USP, esse templo do satanismo esquerdista tupiniquim:
A revisão de toda a bibliografia científica publicada sobre alfabetização nos últimos 80 anos demonstrou a clara superioridade do método fônico, razão pela qual é oficialmente recomendado por organismos como o Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos, o Observatório Nacional de Leitura da França, o Departamento de Educação e Emprego do Reino Unido e o Departamento de Educação de Base de Portugal, dentre tantos outros. Em conseqüência, o método fônico é oficialmente adotado pelos governos dos países que se destacam mundialmente pela qualidade de sua alfabetização e ensino fundamental, como Finlândia, Canadá, Austrália, Irlanda, Inglaterra, Escócia, Suécia, Bélgica, Noruega, França, Estados Unidos, Dinamarca, Espanha, Itália, Alemanha, Cuba, Israel e Portugal. No Brasil, do mesmo modo, esse método foi oficialmente recomendado pela Comissão Internacional de Especialistas, em seu relatório final intitulado Alfabetização infantil: Os novos caminhos, publicado pelo Congresso Nacional em 2003, e novamente neste ano (Capovilla, 2005). Composta por alguns dos maiores especialistas em alfabetização dos Estados Unidos (Marilyn Jaeger Adams), França (Jean-Emile Gombert), Inglaterra (Roger Beard), Bélgica (José Morais) e Brasil (Cláudia Cardoso-Martins, Fernando Capovilla, João Batista Oliveira), tal Comissão foi convocada pela Câmara dos Deputados do Congresso Nacional para mostrar como tirar o Brasil da posição de recordista mundial de deficiência de alfabetização. A Comissão apontou, com firmeza e fundamentação, o método fônico como o caminho cientificamente demonstrado para obter competência de leitura e escrita, caminho esse que havia sido aberto originalmente pelo livro Problemas de leitura e escrita: Como identificar, prevenir e remediar numa abordagem fônica (Capovilla & Capovilla, 2004b).
Esse texto é uma explicação da importância do CD-ROM que complementa o livro para alfabetização fônica escrito pelo Prof. Capovilla, da mesma Universidade de São Paulo e talvez a maior autoridade nacional na área. Aqui há a transcrição de um debate dele com uma defensora do construtivismo na Folha de São Paulo.
Agora é esperar que a mãe do olavette Danilo Gentilli compre o CD-ROM e alfabetize seu filho.
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quarta-feira, 26 de março de 2014
sábado, 22 de março de 2014
Um a zero.
Sinto muito, olavettes, mas não foi dessa vez. Se ao menos a marcha tivesse sido no Facebook...
quarta-feira, 19 de março de 2014
Quando a Alquimia encontra a Lei de Gérson.
Olavo de Carvalho hoje no Facebook:
...Mas essas criaturas não teriam tido a ousadia de vir para fora das suas tocas, mesmo anonimamente, se alguém não se dedicasse ao complexo trabalho de descobri-las uma por uma e persuadi-las por qualquer meio a colaborar num empreendimento organizado de assassinato de reputação...
...O ponto central é que a consolidação da ditadura petista no poder já não é coisa do exclusivo interesse de "esquerdistas", mas se tornou matéria de urgência para o governo russo, que necessita de todo apoio internacional possível para operações de larga escala que planeja lançar nos próximos meses. Logo, para saber quem está por trás da merda toda, é só averiguar quais dos envolvidos têm uma ligação direta com os agentes de desinformação russos mais ativos no Ocidente. A maioria dos fofoqueiros não tem a menor idéia do que está em jogo na operação criminosa da qual participam alegremente.
Menas, Olavo, menas!
O que se sabe com certeza: dois ou três jovens católicos com teorias conspiratórias exageradas na cabeça tiveram acesso a algumas informações corretas e outras truncadas sobre o passado do Olavo de Carvalho e começaram a encaixar o que descobriam em suas teorias conspiratórias ao ponto de usar a referência a um certo "Olavo Carvalho" em um site maçônico como a cereja do bolo na demonstração de uma conspiração wahhabi-sionista-maçônica.
O doido do Dugin - cujo conhecimento do perenialismo tem a profundidade de uma bainha de mielina -, que adora uma teoria da conspiração sem pé e nem cabeça, como a que levou ao extremo do ridículo em "A Grande Guerra dos Continentes", viu essa oportunidade para tentar arruinar a reputação do brasileiro, com quem teve um debate no qual foi burro o suficiente para perder, apesar de estar certo quanto ao ponto principal.
Mas temos, do lado oposto, outro amante de teorias conspiratórias sem sentido - como a da ligação entre globalistas, russos e radicais islâmicos - com a auto-imagem mais benevolente da história desse país, tentando "hypar" a si mesmo como o inimigo número 1 de Putin na América Latina justo no momento em que Putin se torna o grande inimigo do "Ocidente".
Poucos teriam tanto talento para transformar situações adversas em vantagens pessoais. Isso exigiria um conhecimento sólido de alquimia e psicologia, que só um astrólogo tradicional e profundo pesquisador das vertentes modernas e antigas da psicologia poderia ter. Mas ninguém hoje em dia pos... Oops!
...Mas essas criaturas não teriam tido a ousadia de vir para fora das suas tocas, mesmo anonimamente, se alguém não se dedicasse ao complexo trabalho de descobri-las uma por uma e persuadi-las por qualquer meio a colaborar num empreendimento organizado de assassinato de reputação...
...O ponto central é que a consolidação da ditadura petista no poder já não é coisa do exclusivo interesse de "esquerdistas", mas se tornou matéria de urgência para o governo russo, que necessita de todo apoio internacional possível para operações de larga escala que planeja lançar nos próximos meses. Logo, para saber quem está por trás da merda toda, é só averiguar quais dos envolvidos têm uma ligação direta com os agentes de desinformação russos mais ativos no Ocidente. A maioria dos fofoqueiros não tem a menor idéia do que está em jogo na operação criminosa da qual participam alegremente.
Menas, Olavo, menas!
O que se sabe com certeza: dois ou três jovens católicos com teorias conspiratórias exageradas na cabeça tiveram acesso a algumas informações corretas e outras truncadas sobre o passado do Olavo de Carvalho e começaram a encaixar o que descobriam em suas teorias conspiratórias ao ponto de usar a referência a um certo "Olavo Carvalho" em um site maçônico como a cereja do bolo na demonstração de uma conspiração wahhabi-sionista-maçônica.
O doido do Dugin - cujo conhecimento do perenialismo tem a profundidade de uma bainha de mielina -, que adora uma teoria da conspiração sem pé e nem cabeça, como a que levou ao extremo do ridículo em "A Grande Guerra dos Continentes", viu essa oportunidade para tentar arruinar a reputação do brasileiro, com quem teve um debate no qual foi burro o suficiente para perder, apesar de estar certo quanto ao ponto principal.
Mas temos, do lado oposto, outro amante de teorias conspiratórias sem sentido - como a da ligação entre globalistas, russos e radicais islâmicos - com a auto-imagem mais benevolente da história desse país, tentando "hypar" a si mesmo como o inimigo número 1 de Putin na América Latina justo no momento em que Putin se torna o grande inimigo do "Ocidente".
Poucos teriam tanto talento para transformar situações adversas em vantagens pessoais. Isso exigiria um conhecimento sólido de alquimia e psicologia, que só um astrólogo tradicional e profundo pesquisador das vertentes modernas e antigas da psicologia poderia ter. Mas ninguém hoje em dia pos... Oops!
quinta-feira, 13 de março de 2014
Spy vs. Spy
Olavo de Carvalho, hoje, no Facebook:
Será que não perceberam ainda que o objetivo de Duguins e similares é "transformar o mundo" e que o meu sempre foi apenas educar um punhado de alunos e leitores, sem a menor ilusão de transformar merda nenhuma?
O mesmo Olavo, em 2006, listando suas atividades exclusivamente relacionadas ao magistério e à escrita:
Desde que cheguei aos EUA, em maio de 2005, assumi como dever pessoal, fora e independentemente do meu trabalho de correspondente jornalístico e da preparação do livro A Mente Revolucionária, informar ao maior número possível de jornalistas, intelectuais, empresários e políticos americanos a verdade sobre o estado de coisas no Brasil, a abrangência dos planos do Foro de São Paulo, a aliança entre partidos de esquerda e organizações criminosas, a colaboração ativa e essencial do governo Lula na revolução continental cujas personificações mais vistosas são Hugo Chávez e Evo Morales.
Continuo firme nesse empenho até hoje. Ele consome, de fato, a maior parte do meu tempo.
O objetivo imediato é conscientizar a elite americana da loucura que faz ao dar suporte político, jornalístico e financeiro a organizações latino-americanas de esquerda que, por baixo de uma persuasiva máscara democrática e legalista, conspiram com o Foro de São Paulo para a disseminação do caos revolucionário no continente.
A intenção última, talvez irrealizável mas nem por isto menos obrigatória moralmente e digna do esforço, é atenuar ao máximo o fluxo de uma ajuda bilionária sem a qual a revolução comunista na América Latina morreria de inanição...
Não quero me gabar dos resultados obtidos, mas sei que, na mídia conservadora e nos think tanks republicanos, já quase ninguém mais acredita na mentira idiota de que Lula é um antídoto à subversão chavista. Estou consciente de ter contribuído ativamente para sepultá-la. Mais dia, menos dia, notícias do falecimento chegarão ao governo americano, se é que já não chegaram.
Como se depreende de suas próprias palavras, está arquievidentemente estabelecido que ele não quer mudar merda nenhuma. Só dar aulas e escrever artigos para meia dúzia de alunos e leitores.
Será que não perceberam ainda que o objetivo de Duguins e similares é "transformar o mundo" e que o meu sempre foi apenas educar um punhado de alunos e leitores, sem a menor ilusão de transformar merda nenhuma?
O mesmo Olavo, em 2006, listando suas atividades exclusivamente relacionadas ao magistério e à escrita:
Desde que cheguei aos EUA, em maio de 2005, assumi como dever pessoal, fora e independentemente do meu trabalho de correspondente jornalístico e da preparação do livro A Mente Revolucionária, informar ao maior número possível de jornalistas, intelectuais, empresários e políticos americanos a verdade sobre o estado de coisas no Brasil, a abrangência dos planos do Foro de São Paulo, a aliança entre partidos de esquerda e organizações criminosas, a colaboração ativa e essencial do governo Lula na revolução continental cujas personificações mais vistosas são Hugo Chávez e Evo Morales.
Continuo firme nesse empenho até hoje. Ele consome, de fato, a maior parte do meu tempo.
O objetivo imediato é conscientizar a elite americana da loucura que faz ao dar suporte político, jornalístico e financeiro a organizações latino-americanas de esquerda que, por baixo de uma persuasiva máscara democrática e legalista, conspiram com o Foro de São Paulo para a disseminação do caos revolucionário no continente.
A intenção última, talvez irrealizável mas nem por isto menos obrigatória moralmente e digna do esforço, é atenuar ao máximo o fluxo de uma ajuda bilionária sem a qual a revolução comunista na América Latina morreria de inanição...
Não quero me gabar dos resultados obtidos, mas sei que, na mídia conservadora e nos think tanks republicanos, já quase ninguém mais acredita na mentira idiota de que Lula é um antídoto à subversão chavista. Estou consciente de ter contribuído ativamente para sepultá-la. Mais dia, menos dia, notícias do falecimento chegarão ao governo americano, se é que já não chegaram.
Como se depreende de suas próprias palavras, está arquievidentemente estabelecido que ele não quer mudar merda nenhuma. Só dar aulas e escrever artigos para meia dúzia de alunos e leitores.
terça-feira, 11 de março de 2014
O fantasma destro começa a mostrar suas garras.
Eles começaram defendendo a democracia diante do domínio esquerdista no país.
Passaram, então, a atacar, em massa, seus desafetos nas redes sociais, Youtube e blogs.
Depois disso, iniciaram a organização de uma marcha pedindo intervenção militar, sem ao menos tentarem a via democrática, que eles dizem defender da ameaça petista.
Agora, eles já têm uma lista de pessoas a serem bloqueadas nas redes sociais, de tal forma que não se tenha acesso a qualquer referência que se choque com a deles ou que aponte problemas em seu mestre.
É a Nova Direita, que se diz liberal-conservadora, mas não passa de um bando de viúvas tardias dos militares.
Passaram, então, a atacar, em massa, seus desafetos nas redes sociais, Youtube e blogs.
Depois disso, iniciaram a organização de uma marcha pedindo intervenção militar, sem ao menos tentarem a via democrática, que eles dizem defender da ameaça petista.
Agora, eles já têm uma lista de pessoas a serem bloqueadas nas redes sociais, de tal forma que não se tenha acesso a qualquer referência que se choque com a deles ou que aponte problemas em seu mestre.
É a Nova Direita, que se diz liberal-conservadora, mas não passa de um bando de viúvas tardias dos militares.
domingo, 9 de março de 2014
Cegos guiando cegos.
Diálogo recente entre a Virgem Maria e o Pe. Pio, logo após ele sair do Purgatório:
- Mas o que eu fiz de errado, Virgem Santíssima, para permanecer tanto tempo purgando meus pecados?
- Como sacerdote católico, ainda mais depois de René Guénon ter escrito O Erro Espírita, você tinha obrigação de saber que onde tem espíritas envolvidos eu não posso estar.
- Mas eu não sabia desse envolvimento!!
- Não tinha jornal em Pietrelcina, não?!
- Eu não tinha como ler. Quando eu tentava eu logo desaparecia e aparecia em outro lugar.
- Mas eu te dei o dom da bilocação!
- Ok, mas tinha os ataques de demônios invisíveis.
- Guénon também, e nem por isso...
- Va bene, va! Águas passadas... Mas e o que vai acontecer com aquele brasileiro que fica propagando as Aparições de Fátima e evoca o meu nome a torto e direito?
- Ah, aquele católico que disse que reencarnação existe? Bem... isso já seria o bastante para condená-lo a passar anos no Inferno sendo torturado pelo demônio da escavação subterrânea, mas o fato dele ter cultura e Google e passar 40 anos estudando tudo, menos esse assunto, e por isso não saber que eu não erro datas, não visto saias, não sou Fátima, a filha de Maomé, e nem apareço como um OVNI, vai lhe custar uns bons anos nas labaredas que eu estou preparando para ele e seu séquito no andar de baixo.
- Mas o que eu fiz de errado, Virgem Santíssima, para permanecer tanto tempo purgando meus pecados?
- Como sacerdote católico, ainda mais depois de René Guénon ter escrito O Erro Espírita, você tinha obrigação de saber que onde tem espíritas envolvidos eu não posso estar.
- Mas eu não sabia desse envolvimento!!
- Não tinha jornal em Pietrelcina, não?!
- Eu não tinha como ler. Quando eu tentava eu logo desaparecia e aparecia em outro lugar.
- Mas eu te dei o dom da bilocação!
- Ok, mas tinha os ataques de demônios invisíveis.
- Guénon também, e nem por isso...
- Va bene, va! Águas passadas... Mas e o que vai acontecer com aquele brasileiro que fica propagando as Aparições de Fátima e evoca o meu nome a torto e direito?
- Ah, aquele católico que disse que reencarnação existe? Bem... isso já seria o bastante para condená-lo a passar anos no Inferno sendo torturado pelo demônio da escavação subterrânea, mas o fato dele ter cultura e Google e passar 40 anos estudando tudo, menos esse assunto, e por isso não saber que eu não erro datas, não visto saias, não sou Fátima, a filha de Maomé, e nem apareço como um OVNI, vai lhe custar uns bons anos nas labaredas que eu estou preparando para ele e seu séquito no andar de baixo.
Walk like an Egyptian.
Sinto muito, mas se encerrar sem nenhuma referência à barca egípcia vou eu pensar que é você o agente sionista. Se não sabe do que se trata, é hora de virar meio vintage e voltar ao velho Orkut.
Aproveitando, aqui vai a minha homenagem a esse grande pensador brasileiro.
P.S.: Pensando bem, talvez essa outra homenagem seria mais apropriada.
Aproveitando, aqui vai a minha homenagem a esse grande pensador brasileiro.
P.S.: Pensando bem, talvez essa outra homenagem seria mais apropriada.
sábado, 8 de março de 2014
Alquimia da embromação.
Olavo de Carvalho em 2005: Schuon, pau-mandado de Guénon, queria "islamizar a Europa".
Apontei imediatamente os erros:
- Schuon, se pau-mandado fora, seria do Sheikh Al Alawi, seu alegado mestre (apesar das controvérsias em torno dessa relação), não de Guénon;
- Olavo disse, em outro texto e falas online, que Schuon e Guénon discordaram sobre a natureza esotérica do batismo cristão, mas omitiu o fato de que essa desavença pública marcou o rompimento dos dois e a condenação da tariqa do Schuon por parte de Guénon, o que torna impossível que ela fosse a realização de seus planos. Até hoje, schuonianos e guenonianos não se bicam;
- Schuon deu ainda um outro passo e fundou um novo ramo da tariqa de Al Alawi, a Maryamiyya.
Explicando algo essencial: só se cria um ramo novo em uma tariqa quando há algum tipo de inovação metodológica e até doutrinária trazida por um grande mestre renovador do sufismo, um novo qutb (eixo) espiritual, o que, segundo a tradição esotérica islâmica, surge somente a cada século "lunar" (cerca de 96 anos "solares"). Quando um novo qutb faz essa renovação, cria-se um novo ramo, que pretende preservar essa metodologia e doutrina para as futuras gerações, que não conviverão com o mestre original, pelo menos até que um novo qutb adapte a metodologia e a doutrina para a sua época.
É por isso que se tem Abu al-hasan ash-Shadhili fundando a Shadhilyya, Abu Abdullah Muhammad al-Arabi al-Darqawi renovando essa ordem e criando o ramo Shadhiliyya Darqawiyya, e Ahmad al-Alawi - o suposto mestre de Schuon - renovando-a e fundando o ramo Shadhiliyya Darqawiyya Alawiyya.
Percebe-se assim a irregularidade da ordem fundada por Schuon, que afirmou que, através de revelações diretas da própria Virgem Maria, teria recebido a incumbência de fundar um novo ramo, supra-confessional, sendo que era recente o surgimento do qutb Al-Alawi. Deu a esse ramo o nome de Shadhiliyya Darqawiyya Alawiyya Maryamiyya.
Mas não importava eu dizer tudo isso. Eu cheguei a apontar para o Olavo o fato de que Seyyed Hussein Nasr, membro da Maryamiyya, havia defendido a divindade de Jesus Cristo em um debate, o que tornaria essa "islamização" promovida pela tariqa do Schuon um tanto quanto anti-islâmica. Mesmo assim ele insistia no caráter islâmico dessa tariqa.
Mas então surgiu uma pedra no caminho: the Velasco stone. All of a sudden, o discurso mudou. Hoje, em seu perfil no Facebook, Olavo de Carvalho postou a confirmação de tudo o que eu havia dito em contrário à sua tese da "alquimia da islamização" de Schuon/Guénon:
"Islamizar a Europa" era o sonho inicial de F. Schuon quando voltou da Argélia nos anos 40 do século XX. Por volta de 1980 ele havia mudado completamente de planos: queria era schuonizar todas as religiões..."
"O Schuon que eu conheci em 1986 já era o "perenialista", não o "muçulmano".
"Schuon selou o seu destino quando assumiu a defesa do caráter iniciático dos sacramentos cristãos (hoje um dogma da Igreja, consagrado no Catecismo de João Paulo II), solapando o monopólio islâmico e maçônico do esoterismo, representado por Guénon. Daí por diante as tariqas guénonianas se voltaram cada vez mais contra ele, e ele por sua vez foi se afastando cada vez mais do islamismo."
Apontei imediatamente os erros:
- Schuon, se pau-mandado fora, seria do Sheikh Al Alawi, seu alegado mestre (apesar das controvérsias em torno dessa relação), não de Guénon;
- Olavo disse, em outro texto e falas online, que Schuon e Guénon discordaram sobre a natureza esotérica do batismo cristão, mas omitiu o fato de que essa desavença pública marcou o rompimento dos dois e a condenação da tariqa do Schuon por parte de Guénon, o que torna impossível que ela fosse a realização de seus planos. Até hoje, schuonianos e guenonianos não se bicam;
- Schuon deu ainda um outro passo e fundou um novo ramo da tariqa de Al Alawi, a Maryamiyya.
Explicando algo essencial: só se cria um ramo novo em uma tariqa quando há algum tipo de inovação metodológica e até doutrinária trazida por um grande mestre renovador do sufismo, um novo qutb (eixo) espiritual, o que, segundo a tradição esotérica islâmica, surge somente a cada século "lunar" (cerca de 96 anos "solares"). Quando um novo qutb faz essa renovação, cria-se um novo ramo, que pretende preservar essa metodologia e doutrina para as futuras gerações, que não conviverão com o mestre original, pelo menos até que um novo qutb adapte a metodologia e a doutrina para a sua época.
É por isso que se tem Abu al-hasan ash-Shadhili fundando a Shadhilyya, Abu Abdullah Muhammad al-Arabi al-Darqawi renovando essa ordem e criando o ramo Shadhiliyya Darqawiyya, e Ahmad al-Alawi - o suposto mestre de Schuon - renovando-a e fundando o ramo Shadhiliyya Darqawiyya Alawiyya.
Percebe-se assim a irregularidade da ordem fundada por Schuon, que afirmou que, através de revelações diretas da própria Virgem Maria, teria recebido a incumbência de fundar um novo ramo, supra-confessional, sendo que era recente o surgimento do qutb Al-Alawi. Deu a esse ramo o nome de Shadhiliyya Darqawiyya Alawiyya Maryamiyya.
Mas não importava eu dizer tudo isso. Eu cheguei a apontar para o Olavo o fato de que Seyyed Hussein Nasr, membro da Maryamiyya, havia defendido a divindade de Jesus Cristo em um debate, o que tornaria essa "islamização" promovida pela tariqa do Schuon um tanto quanto anti-islâmica. Mesmo assim ele insistia no caráter islâmico dessa tariqa.
Mas então surgiu uma pedra no caminho: the Velasco stone. All of a sudden, o discurso mudou. Hoje, em seu perfil no Facebook, Olavo de Carvalho postou a confirmação de tudo o que eu havia dito em contrário à sua tese da "alquimia da islamização" de Schuon/Guénon:
"Islamizar a Europa" era o sonho inicial de F. Schuon quando voltou da Argélia nos anos 40 do século XX. Por volta de 1980 ele havia mudado completamente de planos: queria era schuonizar todas as religiões..."
"O Schuon que eu conheci em 1986 já era o "perenialista", não o "muçulmano".
"Schuon selou o seu destino quando assumiu a defesa do caráter iniciático dos sacramentos cristãos (hoje um dogma da Igreja, consagrado no Catecismo de João Paulo II), solapando o monopólio islâmico e maçônico do esoterismo, representado por Guénon. Daí por diante as tariqas guénonianas se voltaram cada vez mais contra ele, e ele por sua vez foi se afastando cada vez mais do islamismo."
sexta-feira, 7 de março de 2014
"Enter Islam"
No Google há 57.700 resultados para "enter Islam", 36.200 para "entering Islam" e 25.600 para "entered Islam".
Já a alternativa mais gramaticalmente apropriada, mas equivalente, "enter into Islam" conta com 395.000 resultados, "entering into Islam" com 396.000, e "entered into Islam" com 655.000.
Encontra-se "enter Islam" e "enter into Islam" inclusive na tradução da Sura Al-Baraqah ou em referência a ela: "enter/enter in/enter into Islam perfectly".
Ou seja, não há absolutamente nenhuma diferença entre "enter [into] Islam" e "convert to Islam". Até mesmo na tradução do próprio Alcorão, como se vê nos dois últimos links acima, "entering [into] Islam" é se tornar muçulmano, no sentido mais convencional do termo.
Já a alternativa mais gramaticalmente apropriada, mas equivalente, "enter into Islam" conta com 395.000 resultados, "entering into Islam" com 396.000, e "entered into Islam" com 655.000.
Encontra-se "enter Islam" e "enter into Islam" inclusive na tradução da Sura Al-Baraqah ou em referência a ela: "enter/enter in/enter into Islam perfectly".
Ou seja, não há absolutamente nenhuma diferença entre "enter [into] Islam" e "convert to Islam". Até mesmo na tradução do próprio Alcorão, como se vê nos dois últimos links acima, "entering [into] Islam" é se tornar muçulmano, no sentido mais convencional do termo.
segunda-feira, 3 de março de 2014
Quer que eu desenhe, porra?
- Entendam isso: eu jamais fui muçulmano! O Schuon nem deixava seus discípulos se converterem, até porque conversões, segundo ele e Guénon, são impossíveis? Entenderam agora ou querem que eu desenhe, porra!?
- Mas se a conversão é impossível, como o Sr. pode dizer que Schuon e Guénon, que nasceram cristãos, se tornaram muçulmanos, e que não pararam aí: teriam um plano de islamização da Europa? E o Sr. ainda sugere até que o Príncipe Charles seja cripto-convertido.
- Em um vídeo sobre o assunto, o Sr. afirmou que praticou ritos exotéricos e esotéricos islâmicos na tariqa. Mas se o Schuon não exigia a conversão e o Sr. estava lá somente pela oportunidade espiritual esotérica, por que o Sr. praticava os ritos exotéricos também?
- E por que, não sendo convertido, o Sr. escreveu um livro sobre as virtudes de Maomé, e em seus livros publicados em português nesse período o Sr. se referia a ele com a saudação s.a.w.s., que é algo que somente os muçulmanos fazem?
- E se o Schuon proibia até a frequência a mesquitas, o que o Sr. estava fazendo em uma quando presenciou o episódio narrado em um de seus livros em que o imam elogia a cristã por estar usando um crucifíxo em plena mesquita?
- Então eu acho que vou ter mesmo que desenhar, porra!! Brasileiro é tudo burro mesmo!
- Ah, e aproveita, Professor, e desenha a suruba em detalhes, porque eu ainda não entendi quem comia quem.
- Mas se a conversão é impossível, como o Sr. pode dizer que Schuon e Guénon, que nasceram cristãos, se tornaram muçulmanos, e que não pararam aí: teriam um plano de islamização da Europa? E o Sr. ainda sugere até que o Príncipe Charles seja cripto-convertido.
- Em um vídeo sobre o assunto, o Sr. afirmou que praticou ritos exotéricos e esotéricos islâmicos na tariqa. Mas se o Schuon não exigia a conversão e o Sr. estava lá somente pela oportunidade espiritual esotérica, por que o Sr. praticava os ritos exotéricos também?
- E por que, não sendo convertido, o Sr. escreveu um livro sobre as virtudes de Maomé, e em seus livros publicados em português nesse período o Sr. se referia a ele com a saudação s.a.w.s., que é algo que somente os muçulmanos fazem?
- E se o Schuon proibia até a frequência a mesquitas, o que o Sr. estava fazendo em uma quando presenciou o episódio narrado em um de seus livros em que o imam elogia a cristã por estar usando um crucifíxo em plena mesquita?
- Então eu acho que vou ter mesmo que desenhar, porra!! Brasileiro é tudo burro mesmo!
- Ah, e aproveita, Professor, e desenha a suruba em detalhes, porque eu ainda não entendi quem comia quem.
domingo, 2 de março de 2014
The walking suruba.
Quando discutimos no Orkut, ele, tentando me ofender, disse que membros de tariqa eram todos homossexuais, que Martin Lings era homossexual - o que significa que pelo menos dois de seus filhos são, segundo ele mesmo, gays -, e que, ao chegar no hotel onde membros de sua tariqa estavam hospedados, em um país sul-americano, encontrou os homens todos fazendo uma suruba. Perguntei então se, como líder deles aqui no Brasil, ele estaria confessando sua homossexualidade. Jamais me respondeu.
Logo depois, dando continuidade ao assunto, ele desconversou e disse que encontrou o pessoal fazendo troca de casais, e não suruba gay. Perguntei então no Orkut se ele estaria admitindo publicamente que sua esposa transou com outro homem com seu consentimento. Jamais me respondeu.
Agora diz que suruba foi só aquela dos Estados Unidos, da qual ele nem poderia ter participado, pois estava no Brasil.
É a paralaxe surubativa.
E aproveitando o clima carnavalesco:
"Onde está a suruba?
O gato comeu, o gato comeu
Que ninguém viu
O gato fugiu, o gato fugiu
O seu paradeiro
está no estrangeiro
Onde está a suruba?
Ele não sabia
Mais o que fazer
Inventou tantas histórias
Só pra se defender
Ah, doutor eu não me engano
Ele deu a bunda prum bando de muçulmano!"
Logo depois, dando continuidade ao assunto, ele desconversou e disse que encontrou o pessoal fazendo troca de casais, e não suruba gay. Perguntei então no Orkut se ele estaria admitindo publicamente que sua esposa transou com outro homem com seu consentimento. Jamais me respondeu.
Agora diz que suruba foi só aquela dos Estados Unidos, da qual ele nem poderia ter participado, pois estava no Brasil.
É a paralaxe surubativa.
E aproveitando o clima carnavalesco:
"Onde está a suruba?
O gato comeu, o gato comeu
Que ninguém viu
O gato fugiu, o gato fugiu
O seu paradeiro
está no estrangeiro
Onde está a suruba?
Ele não sabia
Mais o que fazer
Inventou tantas histórias
Só pra se defender
Ah, doutor eu não me engano
Ele deu a bunda prum bando de muçulmano!"
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